segunda-feira, 16 de junho de 2008

Demonizar os movimentos sociais: o Povo nega


A Zé Mentira, órgão de embromação do PRBS (Partido da Rede Brasil Sul) filiado ao PIG (Partido da Imprensa Golpista), divulgou nesta segunda-feira, uma pesquisa feita pelo IBOPE, encomendada pela VALE (ex-Vale do Rio Doçe), sobre o que a população (ou sociedade) vê nos movimentos sociais (leia-se aí MST e Via Campesina, é claro).

Sabe-se que, os números podem ser interpretados de maneiras diferentes, assim sendo, vamos ver os resultados e as interpretações que se pode tirar desses números.

Segundo a pesquisa, que pode ser contestada pelo seu encaminhamento, aponta que 45% dos entrevistados associa o MST à violência. Essa é a manchete da matéria: "IBOPE: MST é visto como sinônimo de vilolência".

De qualquer forma, contrariando a matéria, menos da metade acha o movimento violento (45%), mas na Zé Mentira, é ressaltado esse número, de forma a desqualificar o movimento, tachando-o de violênto.

Por outro lado, a matéria não dá destaque ao outro lado dos números onde, a MAIORIA dos pesquisados dizem que, o que define o MST é: A coragem (27%) e reforma agrária (24%). Quer dizer 51% dos entrevistados NÃO associa o movimento com a violência.

Quanto a legitimidade do movimento, levando-se em conta a margem de erro, a população está dividida. 46% são favoráveis ao movimento e 50% são desfavoráveis. E o que mais importante: Nas grandes metrópoles 65% dos moradores CONCORDAM com os objetivos do MST, isto é, a grande maioria.

O que se pode concluir desses números é que, mesmo com toda a tentativa de criminalização dos movimentos sociais, por parte da mídia corporativa, engajada com o agronegócio, é que a população não cai nessa conversa de demonizar o MST.

A pesquisa foi "encomendada" pela parte interessada, a VALE, mas pelos números da pesquisa, manipulada pelo PIG, o que ela queria evidenciar, não se confirmou.

A VALE é alvo preferencial das ações do movimento e esta, queria saber o que as populações dos locais, onde a VALE se insere, pensam do MST.

Parece que deram com os "burros n’água"...

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