segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mais uma crise no mundo: radicalismo no Quirguistão faz inúmeras vítimas... O quê as grandes potências farão?


Os confrontos iniciados na última sexta-feira no sul do Quirguistão já deixaram ao menos 124 mortos e mais de 1.500 feridos, de acordo com o último balanço divulgado pelo ministério da Saúde quirguiz. A onda de violência gera ainda uma potencial crise humanitária, com cerca de cem mil uzbeques buscando refúgio na fronteira com o Uzbequistão.


O número de mortos após os confrontos étnicos, que se agravaram no fim de semana, pode ser ainda maior, apontam autoridades locais. Líderes uzbeques dizem ter enterrado ao menos 200 corpos e a Cruz Vermelha reporta ter presenciado o enterro de ao menos cem pessoas somente num cemitério da região.

Em 19 de maio, o governo interino anulou uma eleição presidencial prevista para o outono (hemisfério norte) e passou o cargo de presidente para Roza Otunbayeba até o final de 2011. A presidente interina acusa apoiadores de Bakiyev, que está exilado na Bielorrússia, de atiçar o conflito étnico na base do ex-presidente.


Desde a independência do Quirguistão em 1991, após o fim da União Soviética, as tensões entre minorias étnicas marcaram a vida do país. A situação atual preocupa a Rússia, os EUA e a China. Washington usa uma base aérea em Manas, norte do país, cerca de 300 km de Osh, para abastecer suas forças no Afeganistão.


O Quirguistão é um país montanhoso, localizado entre China, Rússia e o sudeste da Ásia. É uma das nações mais pobres da ex-União Soviética, que se dissolveu em 1991. O país enfrenta corrupção e instabilidade crônicas. Os atuais distúrbios lembram os ocorridos em março de 2005, que resultaram na deposição do presidente Askar Akayev.

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