A A União Europeia a beira de um ataque de nervos: O sietema desmorona.
Este artigo (leia AQUI) escrito por Thomas Coutrot, co-presidente da Attac França; Pierre Khalfa co-presidente da fundação Copérnico; Verveine Angeli, sindicalista; Daniel Rallet, sindicalista. Publicado no jornal francês Libération, em 7 de Junho de 2011, discute o pacote que está para ser aprovado no Parlamento Europeu de seis propostas legislativas para uma nova política econômica da União Europeia. Enquanto isso, os governos europeus subscreveram em março um "pacto para o euro."
Do que se trata? A nova Governança Europeia visa colocar sob maior vigilância os orçamentos nacionais para reforçar as sanções contra os estados em déficit excessivo e limitar o crescimento dos gastos públicos. Uma medida já tomada completa o dispositivo, o"semestre europeu", que pretende apresentar ao Conselho e à Comissão os orçamentos dos estados antes mesmo de serem discutidos pelos parlamentos nacionais. O pacto para o euro, seguindo a proposta Merkel-Sarkozy de estabelecer um pacto de competitividade, visa, nomeadamente, aumentar a flexibilidade do trabalho, para evitar aumentos de salários e reduzir os gastos com a proteção social.
Penso que o mundo está diante de um grande dilema. Ou continua com sua política financeira capitalista suicida e sucumbe sob as ruínas do sistema, ou sucumbe sem ela. É o mesmo que dizer, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
A União Europeia como um bloco econômico homogêneo, não funcionou, A diversidade de povos, culturas e características econômicas distintas, tende a ruir a idéia de um bloco econômico forte e dinâmico. Atualmente a Grécia é a “bola da vez”, mas Irlanda, Portugal e Espanha, esperam a sua.
A proposta de Alemanha e França para, digamos, salvar a União Europeia e o Euro, segundo os autores deste artigo, somente retira benefícios da população, ser atingir o problema central: o próprio sistema.
Seguindo o artigo, os autores dizem que é possível – e hoje é indispensável – uma verdadeira ruptura: ela vai consistir não em "tranquilizar os mercados", mas organizar o seu desarmamento sistemático, começando por lhes retirar o primeiro instrumento de chantagem, a possibilidade de especular com as dívidas públicas. Antes da crise, a origem da dívida estava na queda de receitas devida aos benefícios fiscais feitos às famílias mais ricas e às empresas. No momento da crise financeira, os Estados foram forçados a injetar quantidades maciças de liquidez na economia para evitar que o sistema bancário entrasse em colapso e que a recessão se transformasse em depressão. A explosão dos déficits tem, portanto, as suas raízes no comportamento dos operadores financeiros que são a causa da crise.
As dívidas públicas são, em grande parte, ilegítimas e, portanto, uma auditoria pública da dívida permitirá decidir o que será reembolsado ou excluído. O BCE deverá poder, sob supervisão democrática europeia, financiar os déficits públicos conjunturais. Uma reforma fiscal ampla, tanto em nível nacional como europeu, permitirá encontrar espaço de manobra à ação pública.
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