sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mais uma crise: para onde mesmo vai o Capitalismo?


Quando se gasta mais do que se tem, todos sabemos... nos endividamos. Se não temos de onde tirar o dinheiro para pagar nossas dívidas, temos de começar a vender o que temos em casa para que nossos credores parem de bater a nossa porta.

É mais ou menos o que está acontecendo com a Grécia, país integrante da União Européia (UE), que passa por séria crise financeira.

A crise grega está desnudando que o importante bloco europeu, não é tão sólido assim. Como o nome já diz, toda a economia da Europa está interligada e é interdependente.

E, como em todas as crises do capitalismo globalizado, que paga a conta é o povo.

Pressionado pelo imperialismo europeu – o maior prejudicado pelo déficit grego – o governo grego do presidente Papandreu, assumiu uma enorme ofensiva contra os trabalhadores. Os ataques incluem a elevação da idade para aposentadorias, o congelamento de salários, demissões e um pacote de aumento de impostos.

Os ataques ao serviço público incluem também o congelamento salarial dos servidores, uma redução de 10% nas gratificações e de 30% sobre as horas extras, além da suspensão de novas contratações até o fim do ano.

Com o anúncio do plano Papandreu afirmou que, "infelizmente, a Grécia hoje está sob observação, sob supervisão. Nós chegamos num ponto que perdemos parte significativa da nossa soberania. Mas nós também fomos vítimas do mercado internacional. E a condição para que saiamos desse estado de observação é colocar o país em ordem". (Deutsche Welle, 5/2/2010)

No dia 4 de fevereiro o maior sindicato do setor privado do país, o GSEE, anunciou que estava preparando uma greve geral para impedir a aplicação do plano.
Mas parece que os problemas não param por aí. O próprio Euro, moeda única da EU, está ameaçado com os efeitos da crise grega que contamina outros países da Europa e até do mundo.

Assim, o capitalismo, é pródigo em gerar crises. Em 2008, a crise dos Estados Unidos e agora, em 2010, a crise da Grécia.

E depois?

Qual será a próxima crise?

E quem paga a conta é o povo.

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