terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mudanças climáticas e crise alimentar: secas e enchentes aumentam o preço dos alimentos.


O aquecimento global (leia AQUI ) tem provocado efeitos climáticos extremos, como por exemplo, muita seca em algumas regiões e muita chuva em outras. A seca nos EUA em 2012 deve repercutir em todo o mundo, pois a economia americana é responsável por quase metade das exportações mundiais de milho e boa parte das exportações de soja e trigo. As chuvas excessivas na China tem reduzido a produção de alimentos, enquanto uma queda da precipitação provocadas pelas monções na Índia devem reduzir a produção mundial de arroz.

O fato é que o aumento das atividades antrópicas está provocando mudanças climáticas cada vez mais desastrosas. O diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, James Hansen, disse para a BBC, que “A mudança climática está aqui e é pior do que pensávamos”. Ele disse que foi otimista, quando testemunhou diante do Senado americano, no verão de 1988, quando traçou “um panorama obscuro sobre as consequências do aumento contínuo da temperatura impulsionado pelo uso de combustíveis fósseis”. Segundo Hansen, que está cada vez mais pessimista, os verões de calor extremo registrados recentemente em diversos pontos do planeta provavelmente são resultado do aquecimento global.

Portanto, o efeito da interferência humana no clima pode provocar uma séria crise alimentar, como está indicando a tendência do índice de preço dos alimentos da FAO para julho de 2012. Atualmente a concentração de CO2 está em 390 partes por milhão (ppm), mas ultrapassando 400 ppm provocará secas ainda maiores. Portanto, é necessário reverter urgentemente o aquecimento do clima e do preço da comida.

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