quinta-feira, 25 de abril de 2013

Crise financeira internacional: Desemprego na Espanha bate recorde e já atinge 6 milhões de pessoas

Ao contrário do Brasil, que vive um momento que se pode dizer de ser pleno emprego, a Eapanha vai de mal a pior.

O número de desempregados na Espanha (leia AQUI) superou pela primeira vez a marca de seis milhões de pessoas, ao alcançar 27,16% da população ativa no primeiro trimestre do ano. Os dados oficiais, publicados nesta quinta-feira (25/04), foram levantados em uma pesquisa da EPA (Enquete de População Ativa), e registram um recorde de uma série histórica iniciada em 1970.

O país agora conta 6.202.700 desempregados, depois que, nos três primeiros meses do ano, o contingente de pessoas sem trabalho aumentou em 237.400.

O número de pessoas que perderam seus empregos há mais de um ano subiu para 2.901.100 nesse período, 111.200 mais que no quarto trimestre de 2012.

A situação mais crítica se encontra na faixa etária dos jovens (menores de 25 anos): 57,22% no primeiro trimestre do ano, ou 960.400 pessoas nessa faixa etária sem trabalho.

Trata-se do sétimo trimestre consecutivo em alta, e os últimos números alimentam o debate crescente sobre a possibilidade de frear as medidas de austeridade fiscal que têm marcado a resposta da Europa à crise das dívidas públicas nacionais.

Explicações

Uma das explicações para os maus resultados na política de emprego e no dinamismo econômico do país é creditada por políticos de oposição e economistas às enormes somas derramadas no sistema financeiro mundial pelos principais bancos centrais. Se, por um lado, elas têm aliviado a pressão do mercado de títulos na Espanha, os cortes coordenados pelo governo em Madri para gastar na recuperação da confiança dos investidores têm deixado o país em profunda recessão.

O colapso de um boom imobiliário impulsionado pelo crédito barato causou milhões de demissões no setor de construção civil desde 2009, enquanto o setor de serviços privados, reponsável por quase metade do PIB (Produto Interno Bruto), seguiu a mesma direção, com os espanhóis apertando os cintos e o investimento despencando.






Nenhum comentário: