Zoneamento Ambiental: porteira aberta, passa boi, passa boiada...
Desde ontem o RS tem, segundo os ocupantes transitórios da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, "um zoneamento ambiental que vai viabilizar os investimentos" das paleleiras no estado.
Não se pode ser leviano e ser, simplesmente, contrário ao plantio de árvores destinadas à produção de celulose. Pois há uma real necessidade de se produzir papel. Mas esse plantio deve ser executado dentro de critérios que levem em consideração os aspectos biológicos e sociais das regiões pré estabelecidas ao plantio destinadas a essa indústria.
Mas neste "novo" zoneamento, o que o CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente fez foi, junto com a Farsul e Federasul, é óbvio, rasgar um trabalho científico de longos anos no intuito de preservação de biomas importantes.
Quer dizer... é tudo permitido, desde que as papeleiras tragam "investimentos" para o estado falido da Tia Yeda.
E o "meio" ambiente?
Mas ele já é meio, vamos acabar com a outra metade...
Não adianta, é como argumentam o geógrafo mexicano Henrique Leff e o brasileiro Carlos Walter Porto-Gonçalves, enquanto a sociedade viver sob o racionalismo econômico, onde o que vale é o lucro, as decisões sempre se darão dentro dessa ótica. Somente com a mudança de paradigma, para o racionalismo ecológico, é que se dará mais atenção ao ambiente "inteiro".
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