quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Abril devolve prédio. Busto do fundador é retirado... é o início do fim de um império.




Como já tenho "uma certa idade", já passei por muita coisa na vida e, principalmente na vida do Brasil.

Fico meio que com certa raiva, quando uma gurizada coxinha de direita vai prá rua pedir a volta da Ditadura Militar no Brasil, como se isso fosse (e não foi no passado) a redenção do nosso País. Ao contrário, deixou um rastro de benesses e corrupção que está arraigado como carrapato na nossa sociedade, mas que, aos poucos, a cidadania vai tratando de sanar.

Muitos meios de comunicação de locupletaram e cresceram com a Ditadura, A Globo, A Folha de São Paulo (que inclusive emprestava suas caminhonetes para os agentes do DOI-CODE carregarem os presos políticos para a tortura ou para a morte, Estadão e, inclusive a Editora Abril, cresceu em muito com as benesses oferecidas em troca de apoio pelos militares ao Golpe de 1964.

Pois é, a Abril, que ainda edita a Revista Veja (hoje um panfleto fascista) foi no passado, uma revista independente, com editores sérios e jornalistas e repórteres que traziam a verdade dos fatos.

Com o tempo, estes profissionais foram saindo e dando lugar a sabujos subjugados aos donos, imprimindo em suas outrora páginas valentes, mentiras, fofocas, acusações sem provas, até chegar a onde chegou:

A SUA FALÊNCIA... como revista e como negócio.





Pois é, em crise financeira, a Abril devolveu metade do espaço para a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, dona do empreendimento.


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Quem chegou para trabalhar na Editora Abril nesta segunda-feira (5) teve uma surpresa. O busto do fundador do império, Victor Civita, não está mais na recepção do prédio, na Marginal Pinheiros, em São Paulo. O motivo: em crise financeira, a Abril devolveu metade do espaço para a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, dona do empreendimento.

A Previ, agora, irá alugar o espaço para outros clientes corporativos e decidiu retirar o busto porque, aos poucos, a Abril se torna minoritária no local.

A crise financeira da Abril tem raízes tecnológicas (a migração do leitor para plataformas digitais) e econômicas (a disseminação de conteúdos gratuitos de qualidade), mas também editoriais.

Ao se engajar politicamente de forma inédita, tendo rodado milhares de exemplares da famosa capa de Veja 'Eles sabiam de tudo' para que a mesma fosse distribuída como um panfleto político, às vésperas da eleição presidencial, a Abril perdeu credibilidade e leitores – e ainda se viu forçada a publicar um direito de resposta no dia do voto.

Recentemente, a Abril anunciou o fechamento de revistas como a Info, que migrou para a plataforma digital. Cerca de 10 publicações foram transferidas para a Editora Caras. E os carros-chefe da editora, Veja e Exame, também vêm sofrendo cortes nas áreas editorial e comercial.

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