domingo, 15 de janeiro de 2012

Crise do capitalismo globalizado: a Europa (o Euro) desmorona mais um pouco mais a cada dia.


Líderes políticos da Europa (leia AQUI) se mobilizaram na manhã deste sábado para anunciar o aprofundamento das reformas na governança da zona do euro e no interior de suas economias. Doze horas após o anúncio do rebaixamento da França - que perdeu a nota máxima, AAA - e de outros oito países da união monetária pela agência Standard & Poor's, o primeiro-ministro francês, François Fillon, informou que o Palácio do Eliseu prepara medidas para retomar a competitividade e sanear as finanças do Estado. Em Berlim, a chanceler Angela Merkel disse que o downgrade deve acelerar a implantação do novo pacto de estabilidade do bloco.

Os discursos visam a tranquilizar a opinião pública europeia e sobretudo os mercados financeiros antes da abertura dos pregões, na segunda-feira. Em toda a Europa, a decisão da S&P de retirar o triplo A da França e da Áustria e de rebaixar as notas da Itália, da Espanha, Portugal, Chipre, Eslováquia, Eslovênia e Malta foi encarada como um sintoma da perda de confiança dos investidores em relação à zona do euro, e não apenas quanto aos países prejudicados.

Mas o fato é que o rebaixamento atingiu a autoestima dos governos envolvidos. Em Paris, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, envolvido na campanha à reeleição, desapareceu das câmeras e segue sem comentar o downgrade de um nível, de AAA para AA+. Em seu lugar, Fillon convocou a imprensa e sugeriu que o tema não seja subestimado, mas também seja tratado "sem drama". "A França é um país seguro, no qual os investidores têm confiança e podem ter confiança", ressaltou, garantindo: "As agências de rating são termômetros úteis, mas não são elas que fazem a nossa política".

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