Desmate cresce 27% na Amazônia; governo exime Código Florestal: Eu não.
O sistema de monitoramento por satélite Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), conseguiu detectar um aumento de aproximadamente 27% do desmatamento nos nove Estados da Amazônia Legal acumulado entre agosto do ano passado e abril, se comparado com o mesmo período anterior (leia AQUI).
A área desmatada passou de 1.455 km2 para 1.848 km2.
Durante a divulgação dos dados nesta quarta-feira, Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente, classificou a situação de preocupante e disse que o governo criou um gabinete de crise para lidar com o aumento, mas negou que ele tenha relação com a discussão sobre o Código Florestal.
Essa versão já vinha sendo adotada pelo próprio Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Proprietários estariam desmatando na expectativa de serem futuramente anistiados pelas reformas no código.
Agora, Teixeira afirma não ter elementos para chegar à mesma conclusão. Ela esperará o relato de fiscais e as explicações dos governos estaduais para entender as causas do aumento.
O que mais chamou a atenção, disse, é o crescimento "anormal" de 47% em Mato Grosso.
No Estado, o desmate ocorreu com técnicas antigas e agressivas, como o "correntão", na qual tratores ligados por uma corrente varrem a floresta, derrubando as árvores no caminho.
Comentário: Está óbvio que este aumento no desmatamento se dá em virtude do novo Código Florestal Brasileiro. Os donos de terras, mesmo que não estejam pensando em serem anstiados, o fazem sabendo que, a partir de agora, as leis ficam mais rígidas. É claro que, o Código em discussão, não é uma maravilha, mas fecha as brechas usadas por eles para desmatar ilegalmente suas terras.
Esta notícia também desmente a senadora Kátia Abreu, que subiu a tribuna do Senado (leia AQUI) para defender os latifundiários dos dados apresenrados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) ao divulgar números inverídicos sobre a evolução do desmatamento na região amazônica. O Imazom eslareceu que (leia AQUI), os dados apresentados refletem o monitoramento mensal que, realmente aumentaram sobremaneira no Mato Grosso (leia AQUI).
Mas agora... Usar o correntão para desmatar, é dose prá elefante! Não existe justificativa, mesmo que seja para "produção de alimentos", usar um método deste que, arrasa a biodiversidade.
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