quinta-feira, 28 de junho de 2012

Chuvas à vista: El Niño pode intensificar as precipitações no RS


Dados divulgados pelo Bureau de Meteorologia da Austrália, nesta quarta-feira, indicam que a anomalia de temperatura da superfície do mar (TSM) na chamada região Niño 3.4 (Pacífico Central) atingiu o patamar de El Niño. A confirmação do fenômeno deverá ser ratificada na próxima semana pelo NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera) dos Estados Unidos, tal como a MetSul já sinalizava no início da semana.

El Niño começa a se desenvolver no Pacífico<br /><b>Crédito: </b> NOAA/CP
As áreas mais escuras indicam o aumento da temperatura na superfície do Oceano Pacífico: É o El Niño.

A anomalia na região Niño 3.4 é de +0,7, além do patamar mínimo de +0,5ºC para de definição de condições oceânicas de El Niño. Para que haja, porém, a caracterização de um episódio de El Niño, tais condições devem permanecer durante os próximos meses, o que os modelos climáticos sinalizam. A grande questão é qual vai ser a intensidade do do fenômeno. A maioria dos modelos climáticos sinaliza evento fraco, mas a MetSul não afasta um episódio ao menos com intensidade moderada, tal como se deu entre 2009 e 2010.

“Historicamente, o aquecimento do Pacífico traz aumento da chuva para o Rio Grande do Sul”, avaliou o meteorologista Eugenio Hackbart. Na segunda metade de 2009, o Estado foi castigado por muita chuva, enchentes e freqüentes temporais. “Com o El Niño, cresce o risco dos gaúchos enfrentarem períodos de chuva em excesso nos próximos meses”, alertou.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A propriedade privada e o bem estar social: Uma interminável luta de classes.

Sem-teto de Curuguaty protestam contra a matança de onze camponeses na semana passada

A princípio, não sou contrário que as pessoas possuam bens. Penso, por outro lado, que se as pessoas têm direito a possuirem bens, todos devem ter este direito.

A terra, como sendo o maior bem e, como se sabe, está na mão de pouquíssimos afortunados, é a causa primeira das desigauldades sociais. Pois muito poucos possuem terras. 

A luta que se dá entorno da posse de terras, gera grandes e sangrentos conflitos sociais. Milhões de pessoas no mundo, lutam por um pedaço, que seja, de terra para viverem. Enquanto que, os grandes latifúndios, gera grandes riquezas para poucos afortunados.

No Brasil, desde a famigerada Lei de Terras (lei nº 601 de 18 de setembro de 1850), que estabelecia a compra como a única forma de acesso à terra e abolia, em definitivo, o regime de sesmarias. Junto com o código comercial, é a lei mais antiga ainda em vigor no Brasil. Esta lei foi promulgada para impedir que os negros, que seriam libertos anos mais tarde, pudessem ter terras e competir com os seus algozes. Assim, se deu o início da segregação ao acesso a propriedade de terras pela posse. A posse, que vigorou até 1850, que ocupava uma área, produzia e vivia nela, obtinha o seu título e se tornava proprietário dela.

De lá para cá, o processo de concentração fundiária, se intensificou. Os excluídos de organizaram e passaram a pressionar para que se realizasse uma redistribuição de terras, a Reforma Agrária. Os países que se diz, desenvolvidos, todos eles, de alguma forma, fizeram em algum monento de sua história a redistribuição de terras.

No Brasil, esta luta, é tema de muita discussão e controvércia. O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) é o grande estandarte dessa luta, que já dura anos, sem uma solução definitiva. Proprietários e Sem Terra, se enfrentam, tendo poucos resultados a muitas mortes.

No Brasil, os proprietários têm, até mesmo, no Congresso Nacional, a sua "bancada ruralista" que defende os interesses dos latifundiários. Projetos que beneficiariam a redistribuição de terras e, até mesmo uma verdadeira reforma agrária, logicamente não passam no Congresso, pois são barradas.

Falo isso para intriduzir ao que hoje acontece no Paraguai. Pois no vizinho país, também, a situação é a maesma, ou pior. O Paraguai é um país com maiores desigualdades do que o Brasil. E, consequentemente, a concentração de terras é muito mais acentuada e cruel.

Em uma matéria da BBC (leia AQUI), a recente crise fundiária que provocou a morte de carperos (sem terras) e políciais, foi estopim para a derrubada de Lugo e expõe a situação fundiária paraguaia, principamente, dos "brasiguaios", que desde os anos 1960, ocupam grandes áreas no país, muitas, ilegalmente. Pois mesmo que eles tenha os títulos de terra, obtidos legalmente, ocupam e reividicam terras lindeiras, disputadas, também, pelos carpeiros.

Dessa verdadeira luta de classes, sugiu a possibilidade, arquitetada pela direita, pelos proprietários, pela mídia e pelos representantes destes no congresso, liderados por Lino Oviedo (que já havia liderado uma tentativa frustrada de golpe de estado contra Juan Carlos Wasmosy em 1996) contra Fernado Lugo, que via com bons olhos e, até mesmo, apoiava a reforma agrária no Paraguai.

O golpe:

Uma juíza (leia AQUI) determinou uma ordem de busca e apreensão a pedido do empresário colorado Blas M. Riquelme, para resguardar sua suposta propriedade privada. A ação é coordenada pela promotoria e termina com a morte de 18 campesinos e policiais. No lugar, que depois a própria imprensa indicaria que eram terras públicas usurpadas por Blas M. Riquelme, havia menos de 50 pessoas no momento do massacre.


O resto é história. Nesse mesmo dia, Fernando Lugo substituiu Carlos Filizzola (da Frente Guasú) no Ministério do Interior pelo colorado, ex- Procurador Geral do Estado, Rubén Candia Amarilla, responsável por mais de 1000 denúncias de movimentos sociais e vinculado a Camilo Soares, ex- Secretário de Emergência Nacional, acusado por malversação e membro do primeiro círculo de Fernando Lugo. Na segunda-feira, 18 de junho, a Frente Guasú expressou seu desacordo com dita designação, junto com o Partido Liberal Radical Autêntico (partido de Federico Franco e Francisco Rivas) e, para mais desconcerto, a própria Associação Nacional Republicana, Partido Colorado, criticou sua nomeação.

Na quinta-feira, 21 de junho, a Câmara de Deputados aprovou a abertura de um processo político contra Fernando Lugo. No dia seguinte, 22 de junho, o Senado aprovou em tempo recorde o afastamento do presidente.

Outra coisa importante para se entender um pouco o de ocorre hoje e, talvez, sempre ocorreu no Paraguai, é entender a sua história. Um país poderoso, derrotado e aniqulado em uma sangrenta guerra com o apoio interessado da Inglaterra, onde, Argentina, Brasil e Uruguai, se uniram, e formaram a Tríplice Aliança, para defender os interesses do império na Guerra do Paraguai.

Nunca mais o Paraguai se reergueu. 

E, com uma recente, frágil e incipiente democracia, é campo fértil para os golpes... muitos já ocorreram. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

Regulação da mídia (Ley de Medios, ou Lei dos Meios): Onde nacem as crises políticas?



Um ótimo artigo do jornalista Luis Nassif (leia AQUI), que defende a regulação dos meios de comunicação (a mídia), que é ponto principal para a consolidação da democracia, principalmente em países onde esta, é ainda incipiente. Uma verdadeira fábrica de crises, a mídia, têm o poder de, até mesmo, derrubar um presidente:

Os episódios do Paraguai – destituição do presidente Fernando Lugo – chamam a atenção para a democracia imperfeita na América Latina.

Findo o período militar, a redemocratização esbarrava na falta de tradição democrática e nos modelos imperfeitos de presidencialismo. Em muitos países, havia dessintonia entre a eleição presidencial e a do Congresso – este, muito amarrado ainda a modelos oligárquicos, típicos de países recém-entrados na democracia.

Ao mesmo tempo, a chamada sociedade civil, muito incipiente, passou a ser fundamentalmente influenciada pelos grandes grupos de mídia. Justamente em um período inaugurado pelo caso Watergate – no qual o trabalho de um jornal logrou derrubar um presidente da República da maior nação democrática do planeta - e aprofundado pelo modelo Rupert Murdoch – de tornar os veículos agentes ativos da política, como estratégia de colocação empresarial no novo mundo da Internet.

Criou-se, aí, o cadinho para uma sucessão infindável de crises políticas. Mais que isso, obrigou a maioria dos governantes a escolher entre a cooptação fisiológica (da oposição ou da mídia) ou a crise.

Sem a cooptação, criava-se um conflito entre Congresso e o Executivo. Em determinado momento ocorria algum fato político. Os grupos de mídia amplificavam o fato, abrindo caminho para o impeachment.

No domingo passado, o colunista Jânio de Freitas, da Folha, deu o exemplo dos jardins da Casa da Dinda (onde morava Fernando Collor). Independentemente de vícios ou virtudes de Collor, a cobertura da mídia transformou um jardim normal nos próprios jardins da Babilonia.

Recentemente teve-se o monumental escândalo com o Ministro que usou cartão corporativo para comprar uma tapioca.

Quando os governos eram do PSDB, o PT valia-se desse jogo. No governo do PT, quem se vale é o PSDB. Mas o agente principal do jogo são os grandes grupos midiáticos, muitas vezes operando em defesa de seus próprios interesses.

Porque o governo Sarney manteve-se até o fim, apesar das denúncias frequentes de corrupção e de uma inflação que chegou aos 70% ao mês e o governo Collor caiu? A resposta está muito menos nos vícios e virtudes de cada um e muito mais na maneira como cooptaram grupos midiáticos e políticos.

Em qualquer caso, o preço pago é enorme. O risco da crise torna os governantes excessivamente cauteloso em relação a medidas básicas que deveriam tomar, tornam-nos reféns de acordos políticos espúrios – fortalecendo enormemente o fisiologia do chamado presidencialismo de coalisão.

O Brasil só não sucumbiu ao terremoto das crises políticas intermitentes pela sorte de ter sigo governado por dois presidentes suficientemente pragmáticos - Fernando Henrique Cardoso e Lula.

A consolidação da democracia brasileira passa por reformas políticas, que acabem de vez com o financiamento privado de campanha e com as indicações políticas; por uma Lei dos Meios que regularize e democratize de vez a questão da mídia eletrônica; por atuação dos órgãos de defesa econômica, rompendo com práticas comerciais daninhas à concorrência midiática.

Ou seja, é premente instituir a competição nos meios políticos e midiáticos, fortalecendo não apenas a mídia do interior como a nova midia da Internet.

Em editorial da Folha de São Paulo, o PIG (Partido da Imprensa Golpista) apóia o golpe no Paraguai... Eles sempre apóiam os golpes...


A Folha de São Paulo, órgão ativo do PIG (Partido da Imprensa Golpista), em editorial de hoje, se desnuda naquilo que mais sabe fazer (mas nega), apoiar os golpes (de direita, é claro).

Mostra todo o seu preconceito e seu viés fascista e anti-democrático, o jornnal da familia Frias, ao apoiar o golpe que derrubou Fernando Lugo no Paraguai (leia AQUI). O referido Jornal, agente da Ditadura Militar no Brasil, que recentemente chamaram de "Ditabranda", e que empretava seus veículos para ações de repressão, foi rápido ao apoiar o golpe paraguaio: 

"Eleito numa plataforma esquerdizante, o ex-bispo católico Fernando Lugo conduzia um governo populista e errático, prejudicado pela conduta pessoal do mandatário, compelido a reconhecer filhos em escandalosos processos de paternidade.

Mas o motivo principal da derrocada foram os efeitos desastrosos da crise econômica no Paraguai, cujo produto nacional deverá encolher 1,5% neste ano. A popularidade presidencial se desfez depressa, tornando possível a formação da esmagadora maioria congressual que o afastou do cargo.
"
Agora, a Folha, novamente, incentiva e apoia outros golpes.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Um golpe de novo tipo contra Lugo


Artigo de Tarso Genro - Governador do Rio Grande do Sul (AQUI)

O que foi tentado contra Lula, na época do chamado mensalão –que por escassa margem de votos não teve o apoio da OAB Federal numa histórica decisão do seu Conselho ainda não revelada em todas as suas implicações políticas – foi conseguido plenamente contra o Presidente Lugo. E o foi num fulminante e sumário ritual, que não durou dois dias. Não se alegue, como justificativa para apoiar o golpe, que a destituição do Presidente Lugo foi feita “por maioria” democrática, pois a maioria exercida de forma ilegal também pode ser um atentado à democracia. É fácil dar um exemplo: “por maioria”, o Poder Legislativo paraguaio poderia legislar adotando a escravidão dos seus indígenas?

No Paraguai o Poder Legislativo na condição de Tribunal político atentou contra dois princípios básicos de qualquer democracia minimamente séria: o princípio da “ampla defesa” e o princípio do “devido processo legal”. É impossível um processo justo – mesmo de natureza política – que dispense um mínimo de provas. É impossível garantir o direito de defesa – mesmo num juízo político – sem que o réu tenha conhecimento pleno do crime ou da responsabilidade a partir da qual esteja sendo julgado. Tudo isso foi negado ao Presidente Lugo.

O que ocorreu no Paraguai foi um golpe de estado “novo tipo”, que apeou um governo legitimamente eleito através de uma conspiração de direita, dominante nas duas casas parlamentares. Estas jamais engoliram Lugo, assim como a elite privilegiada do nosso país jamais engoliu o Presidente Lula. Lá, eles tiveram sucesso porque o Presidente Lugo não tinha uma agremiação partidária sólida e estava isolado do sistema tradicional de poder, composto por partidos tradicionais que jamais se conformaram com a chegada à presidência de um bispo ligado aos movimentos sociais. A conspiração contra Lugo estava no Palácio, através do Vice-Presidente que agora “supreso” assume o governo, amparado nas lideranças parlamentares que certamente o “ajudarão” a governar dentro da democracia.

Aqui, eles não tiveram sucesso porque – a despeito das recomendações dos que sempre quiseram ver Lula isolado, para derrubá-lo ou destruí-lo politicamente – o nosso ex-Presidente soube fazer acordos com lideranças dos partidos fora do eixo da esquerda, para não ser colocado nas cordas. Seu isolamento, combinado com o uso político do”mensalão”, certamente terminaria em seu impedimento. Acresce-se que aqui no Brasil – sei isso por ciência própria pois me foi contado pelo próprio José Alencar- o nosso Vice presidente falecido foi procurado pelos golpistas “por dentro da lei” e lhes rejeitou duramente.

A tentativa de golpe contra o Presidente Chavez, a deposição de Lugo pelas “vias legais”, a rápida absorção do golpe “branco” em Honduras, a utilização do território colombiano para a instalação de bases militares estrangeiras, tem algum nexo de causalidade? Sem dúvida tem, pois esgotado o ciclo das ditaduras militares na América Latina, há uma mudança na hegemonia política do continente, inclusive com o surgimento de novos setores de classes, tanto no mundo do trabalho como no mundo empresarial. É o ciclo, portanto, da revolução democrática que, ou se aprofunda, ou se esgota. Este novos setores não mais se alinham, mecanicamente, às posições políticas tradicionais e não se submetem aos velhos padrões autoritários de dominação política.

Os antigos setores da direita autoritária, porém, incrustados nos partidos tradicionais da América latina e apoiados por parte da grande imprensa (que apoiaram as ditaduras militares e agora reduzem sua influência nos negócios do Estado) tentam recuperar sua antiga força, a qualquer custo. São estes setores políticos – amantes dos regimes autoritários – que estão embarcando neste golpismo “novo tipo”, saudosos da época em que os cidadãos comuns não tinham como fazer valer sua influência sobre as grandes decisões públicas.

É a revolução democrática se esgotando na América Latina? Ou é o início de um novo ciclo? A queda de Lugo, se consolidada, é um brutal alerta para todos os democratas do continente, seja qual for o seu matiz ideológico. Os vícios da república e da democracia são infinitamente menores dos que os vícios e as violências ocultas de qualquer ditadura.

Pela queda de Lugo, agradecem os que apostam num autoritarismo “constitucionalizado” na A.L., de caráter antipopular e pró-ALCA. Agradecem os torturadores que não terão seus crimes revelados, agradecem os que querem resolver as questões dos movimentos sociais pela repressão. Agradece, também, a guerrilha paraguaia, que agora terá chance de sair do isolamento a que tinha se submetido, ao desenvolver a luta armada contra um governo legítimo, consagrado pelas urnas.



Lugo foi sumariamente deposto por ato que durou 48 horas: Um golpe de estado?

Fernando Lugo | Foto: BBC
Fernado Lugo alerta sobre a ameaça da volta da ditadura no Paraguai após sua destituição em tempo recorde de 48 horas.

Após a destuição de Lugo em tempo recorde de 48 horas, é bom que se façam algumas cosiderações a respeito do que acontece.

Primeiro, a fragilidade do sistema democrático de Paraguai que, segundo a mídia, pode derrubar um presidente eleito, em um rito sumário, sem qualquer chance de uma defesa fundamentada.

Segundo, os inrterreses subjacentes do congressistas. Lugo foi eleito por uma ampla coalisão para tirar do poder o Partido Colorado, que vinha há muitos anos governado o país. Mas com o passar do tempo, seua apoisadore se "bandearam" para a oposição, sabe-se lá se por não concordar com Lugo, ou por outros interesses.

Foram ao todo 24 tentativas de derrubar Lugo que sempre defendeu os interesses das populaçãos mais pobres e dos movimentos sociais, principalmente os "carperos" (sem terra). É claro que isso gera muitos conflitos, principalmente com a classe dominante e os grandes propíetários de terras. No Paraguai, somente 2% da população é proprietária de 80% das terras (leia AQUI). Entre estes, estão os chamados "brasiguaios", proprietários de terras que se instalaram por lá deste os anos 1960-70, e que possuem grandes latifúndios.

Agora, veremos os desdobramentos que advém da destuição de Lugo. O primeiro foi a suspensão de Paraguai do Mercosul (leia AQUI). Depois a corte de envio de petróleo ao país pela Venzuela. Sem mencionar que o governo imposto agora ao Paraguai, não é reconhecido pela maioria do paises do bloco sul-americano. Fora o fantasma da instalação de mais uma ditadura naquele país

Dizer que a destituição de Lugo foi um ato ocorrido dentro de uma democracia, por ter sido dado pelo Congresso, é forçar de mais, não acham? Ter somente duas horas para formular a sua defesa e, sem antes conhecer formalmente as acusações, cheira mais a uma grande sacanagem. Em fim, resta saber como de darão os próximos passos.

Muitos deduzem que Lugo pode fazer do limão uma limonada, pois ficando de fora do governo, livre de acusações, ele pode organizar agora uma nova oposição, para depois, nas próximas eleições, que ocorrem no ano que vem, dar o troco: Lugo se candidatando a senador, levaria junto de si, outros oposicionistas para o Congrasso e, provavelmente, elegeria o próximo presidente. Pois no seu governo, sempre isolado, não pode colocar em prática as mudanças propostas.

Então, veremos...

Assim, o que fica do acontecido é que, a democracia sul-americana, é muito frágil. Temos ainda muito o que fazer.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A democracia em risco no Paraguai: O poder contra o povo.


Pensva que já havíamos deixado para trás a época dos golpes de estado na America do Sul. Praticamente TODOS os países do continente sul-americano sofreram com golpes que retiraram do poder presidentes legitimamente eleitos pelo povo.

Mas parece que a história se repete. Novamente.

Após 28 pedidos de abertura de processos de impeachment pela oposição paraguaia, com uma rapidez de um raio, a Câmara paraguaia aprova um processo contra o Presidente Lugo que, também na correria, terá de apresentar sua defesa em duas horas no Senado(leia AQUIAQUI).

Na realidade, o que ocorre é que, Lugo, vê com bons olhos os movimentos sociais e está colocando em curso, a revisão dos títulos de propriedades terras no Paraguai, com vistas a desapropriação e assentamento dos chamados "carperos" ou os sem-terra daquele país. 

Isso é mal visto pelos conservadores, que são a maioria no parlamento. Estes, também, são apoiados pelos latifundiários onde, os brasileiros, possuem vastas extenções de terra. O fato que desencadeou o processo deu-se em decorrência de um confronto ocoorido no interior do Paraguai, onde sem terras e policiais acabaram mortos.

O julgamento (se é que é um julgamento) se baseia em uma acusação um tanto quanto vaga, a de que Lugo, não leva de maneira satisfatória seu mandato.

Se a moda pega, não fica mais no cargo nenhum preisdente da América do Sul e, eu penso, no mundo. Pois é um argumento subjetivo e inespecífico que depende da visão de cada um.

Uma pessoa acha que algo é muito bom... mas outra vai achar completamente o contrário.

Idiossincrasias.

A democracia não é feita de rupturas e sim de entendimentos.

Pobre Paraguai.  

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dilma abre a Rio+20

Dilma abre agora a Rio+20. Veja ao vivo

Dilma abre a Rio+20

Mais adiante falaremos a respeito. Mas de qualquer forma, de ante-mão, penso que pouco ou quase nada será decidido em favor da vida.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Essa é prá matar... literalmente: RS usa mais agrotóxicos que a média nacional



Podemos aqui ficar discorrendo sobre uma enormidade de problemas causados aos seres humanos e ao meio ambiente e todos os seres vivos, além da contaminação da água e do solo, pelos agrotóxicos. Leia AQUI os problemas se saúde causados pela ação dos agrotóxicos no nosso organismo.

Mas isso de nada adianta, pois o agronegócio, como o nome ja diz, é simplesmente um negócio. E eles (os "ruralistas") vão dizer que isto é puro ranço de "ecochato".

O lucro está acima de qualquer questão de saúde ou de proteção a nossa já tão combalida biodiversidade.

Pois é, dados divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatística, o IBGE, diz que os agricultores gaúchos utilizam em suas suas plantações 4,2 quilos de agrotóxicos por hectare, o que representa 16,66% a mais do que a média nacional, que é de 3,6 quilos para a mesma proporção. Os dados fazem parte dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2012 — um levantamento que abrange as dimensões ambiental, econômica, institucional e social da sustentabilidade do desenvolvimento brasileiro. (leia AQUI)

O estudo revela também que, em relação aos agrotóxicos, embora o RS tenha o uso acima da média nacional, estados como o Rio de Janeiro (10,9 quilos por hectare), São Paulo (6,9), Mato Grosso, Goiás e o Distrito Federal (4,3) têm consumo ainda mais elevado.

De acordo com o estudo, os agrotóxicos mais intensamente aplicados são os herbicidas (mais de 50% do total), usados no controle de ervas daninhas, seguidos pelos inseticidas, fungicidas e acaricidas. Segundo a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil é um dos maiores consumidores mundiais de agrotóxico.

Pode-se concluir com isso que, a produção e consumo dos agrotóxicos, é um ótimo negócio no Brasil. 

Os Estados Unidos não é tudo aquilo de bom, não mesmo...



A maioria dos pessoas acredita que os Estados Unidos da América seja um país verdadeiramente livre. Um país em que as pessoas têm acesso a tudo que é oferecido pelo capitalismo e pelo liberalismo. Onde a democracia é um bem de todos os seus cidadãos e que, a justiça é plena e vivida por todos, pobres ou ricos, pretos ou brancos.

Mas a realidade é muito, mas muito, distante disso.

Vejam AQUIAQUI os dez fatos chocantes sobre os Estados Unidos que, de uma forma inequívoca, colocam esta nação em igualdade com qualquer outro país que seja definido como sendo uma ditadura, ou algo parecido.

1. Maior população prisional do mundo
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Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas, sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.

2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.


Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.

3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.


O número de países nos quais os EUA intervieram militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momente mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo. O mesmo presidente criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W. Bush.

4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.


Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.

5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.


Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de norte-americanos não têm), então há boas razões para temer ainda mais a ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em casa, torcendo para não morrer.

( Nós vemos por aqui as ínúmeras reclamações, e com razão, sobre os problemas enfrentados por que precisa do SUS - Sistema Único de Saúde mas, se levarmos em conta que, nos EUA, nada há... o SUS é um paraíso.)


6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.


Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados.

Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra negros e índios.

7. Todos os imigrantes são obrigados a jurar não ser comunistas para poder viver nos EUA.


Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem um criminoso de guerra nazista, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do Partido Comunista, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.

8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.


O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que, acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares, elevando-se assustadores 500%.

9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.


Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.

10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.


A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.

Pois aqui vemos um pouco do que não vemos. Quer dizer, nos é vendida a imagem do EUA como sendo um país livre e igualitário, onde há oportunidades para todos. Mas a realidade é bem diferente.