terça-feira, 31 de maio de 2011

Ufrgs apresenta festival de filmes inspirado em Orson Welles

Uma mostra de filmes inspirada no ator, diretor, roteirista e produtor de cinema Orson Welles(1915 - 1985) será aberta nesta quarta-feira. O evento a ocorre na Sala Redenção - Cinema Universitário, no Campus Central da Ufrgs (rua Luiz Englert, s/n), em Porto Alegre - e seguirá pelo mês de junho, com entrada franca.

O primeiro filme a ser exibido será "Cidadão Kane" (de 1941), amanhã, às 16h, em que se relata a história de um magnata da imprensa americana, inspirado no milionário William Randolph Hearst. Welles, na época, tinha 25 anos. Este filme foi considerado revolucionário por usar técnicas de filmagem fazendo uso de recursos como profundidade de campo, ação entrecortada num mesmo ambiente, planos longos, movimentos de câmera e edição rápida.

Dois anos antes, Welles havia transmitido por rádio a versão dramatizada de "A Guerra dos Mundos", adaptação da obra de H. G. Wells. A transmissão ficou famosa por ter provocado pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma invasão de extraterrestres de verdade. Foi após esse fato que Welles conseguiu fechar um contrato milionário com Hollywood para produzir filmes. Na verdade, Welles começou pela pintura e pelo desenho, dedicando-se depois ao teatro, ao rádio e, finalmente, ao cinema. Sua obra cinematográfica foi fortemente influenciada por essas áreas. Outros importantes títulos também serão exibidos, neste ciclo: "Soberba" (1942), "A Dama de Shangai" (1947), e Macbeth" (1948).

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Agora virou moda: Matar os defensores do meio ambiente.

Eremilton Pereira dos Santos era testemunha da morte de José Claudio Ribeiro da Silva e sua esposa

Três dias depois da morte de um casal de extrativistas no Pará (leia AQUI), mais uma liderança comunitária da Amazônia foi executada.


O agricultor e líder do Movimento Camponês Corumbiara, Adelino Ramos, conhecido com Dinho, foi morto hoje (27), por volta de 10h, no distrito de Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho (RO). De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dinho estava vendendo verduras que produzia no acampamento onde vive quando foi assassinado a tiros por um motociclista.

O agricultor vinha sendo ameaçado de morte por denunciar a ação de madeireiros na divisa entre os estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Junto com outros trabalhadores sem terra, Dinho reivindicava a criação de um assentamento da reforma agrária na região.

Segundo a CPT, a situação ficou tensa na região nos últimos dias, depois de uma ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que apreendeu madeira e gado criados em áreas irregulares.

Em julho do ano passado, Dinho chegou a avisar ao ouvidor agrário nacional, Gercino Silva, que estava sendo ameaçado, de acordo com a CPT.

O Movimento Camponês Corumbiara foi criado após o confronto entre um grupo de trabalhadores sem terra e policiais militares em agosto de 1995, na Fazenda Santa Elina. Doze agricultores foram mortos no episódio. (leia AQUI)
 
Esta é a forma com que o capiatal, representado aqui pelos latifundiários, se livra dos problemas. Toda e qualquer resistência é banida com bala. O argumento é a violência.
 
Até quando?
 
Acho que sempre

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Personalidades israelenses exortam Europa a reconhecer Estado Palestino

Em matéria publicada no site da BBC Brasil (leia AQUI), personalidades israelenses enviam mensagens ao líderes europeus para que reconheçam o Estado Palestino em suas fornteiras anteriores a 1967, quando da guerra dos seis dias, onde Israel ocupou grande parte do teritório palestino.

"Entre as personalidades que assinaram a carta se encontram o ex-presidente do Parlamento israelense Avraham Burg, o ex-procurador geral da Justiça Michael Ben Yair e o ex-diretor geral do Ministério das Relações Exteriores Alon Liel.

Escritores israelenses importantes, como Ronit Matalon e Nir Baram, também assinaram a mensagem aos países europeus.

A carta foi concebida pelo movimento Solidarity (“solidariedade”, em tradução livre do inglês), que integra israelenses e palestinos que lutam juntos contra a ocupação israelense, principalmente em bairros palestinos de Jerusalem Oriental."

Já o embaixador de Israel na ONU, Meron Reuben, criticou a iniciativa e declarou que a carta "não contribui para a luta contra a iniciativa palestina na ONU".


Por outro lado, a mesma matéria diz que, 61% dos israelenses é contrária a criação do Estado Palestino com fronteiras anteriores a 1967, quando da Guerra dos Seis Dias. Mas é muito importante o apoio dos quase quarenta por cento de israelenses que querem o Estado Palestino com estas fronteiras. Este número é quase a metade, o que demontra que Israel está dividida e, dependendo das negociações e ações diplomáticas, mais israelenses podem apoiar a iniciativa dos palestinos.

É bom lembrar que, desde a criação do Estado de Israel, em 1948, sobre terras palestinas, os dois povos estão em guerra, e hoje, a maioria dos palestinos não têm o direito de ir e vir e muitos estão confinados na Faixa de Gaza.

Em dezembro de 2010, o governo brasileiro anunciou seu reconhecimento ao Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967. O anúncio, feito pelo presidente Lula nos últimos dias de sua gestão, recebeu posteriormente o apoio de quase todos os países da América Latina.

De acordo com cálculos de analistas locais, mais de 140 países já declararam que apoiarão o reconhecimento do Estado Palestino, e já está garantida uma vasta maioria em favor da iniciativa, entre os 192 estados-membros da organização.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O deus GOOGLE: Onipresente, oniciente, onipotente... mas não benevolente.

Especialista critica a 'googalização' do mundo, a onipresença e a onipotência da empresa que criou o serviço
Eu sempre brinco com meus alunos e colegas que nós temos as verdadeiras provas de que existe um deus (com minúscula mesmo)... que é o deus Google. Quem fez como eu, catequese quando era criança, que é aquele curso religioso para se poder tomar a Primeira Comunhão na relgião Católica, aprendeu que Deus está em todo o lugar, sabe tudo e vê tudo... Além de ser justo e benevolente.

Pois é, o Google é tudo isso, menos benevolente, pois a gente nunca sabe quais são as verdadeiras intenções desta grande e importante empresa ao nos apresentar aquela lista, quando perguntamos algo no seu campo de pesquisa: porquê esta lista e porquê a ordem dos resultados. Também sabemos que, nem tudo que aparece na lista é o que diz ser. O bem e o mal!

Devemos ser críticos quanto aos resultados obtidos e, mais ainda, checar todas as informações em outra fontes, os livros por exemplo.

Pois agora está sendo lençado nos Estados Unidos (leia AQUI) o livro The Googlization of Everything - And why we should worry (A Googalização de Tudo - E por que devemos nos preocupar), escrito por Siva Vaidhyanathan, de 45 anos, especialista em história cultural e professor da Universidade de Virgínia, EUA.

Vaidhyanathan define-se como um dos primeiros usuários do site e teve a ideia do livro depois que soube de um plano do Google de digitalizar bibliotecas universitárias.

"Parecia muito controle para uma empresa só. Fiquei preocupado e resolvi investigar a companhia e a nossa relação com ela."

Em entrevista à Folha de São Paulo, ele fala como o Google é onipresente, onipotente e onisciente "mas isso não faz com que seja benevolente".

Folha - Vivemos em um mundo "googalizado", além de globalizado?

Siva Vaidhyanathan - Sim, as duas coisas. A tecnologia é parte da cultura, ela nos influencia da mesma forma que nós a influenciamos. E o Google é mundial. Ainda não é universal, mas está a caminho de ser.

Qual a consequência dessa "googalização"?

Cada vez mais, o Google muda a forma como vemos o mundo e como julgamos a informação. Para muitos, o site é fundamental para tomar decisões e muitos dependem dele para isso. Mais do que isso: o Google gere a nossa reputação. Ele gerencia as fontes de informação que encontramos. E as formas de comércio.

E revolucionou a internet?

Certamente. Antes do Google, a World Wide Web, que era apenas uma função da internet entre muitas outras, era incontrolável. Era difícil de navegar e, muitas vezes, desagradável. O Google fez da web um meio razoável e organizado. Ele deixou a minha vida e a vida de muitas pessoas mais fácil.

Isso não é positivo?

Pode ser. É uma boa empresa e faz um bom trabalho. Mas é uma empresa. Não devemos adorá-la só porque faz um bom trabalho. Devemos respeitá-la, mas não adorá-la. E o que ela fez de positivo no passado não determina necessariamente o que vai acontecer no futuro.

Mas adoramos o Google?

Existe uma certa mística em torno dele. As pessoas usam o site sem saber como ele funciona e sem questionar os resultados. A maioria o usa cegamente.

Por isso você fala em desmistificação?

As pessoas precisam perceber que o Google é falível, porque é uma empresa, construída e dirigida por seres humanos. E deve lucrar. Esse é o primeiro objetivo. Nós cometemos um grande erro ao esquecermos isso e confiarmos cegamente. O Google fez muitas coisas boas para o mundo, mas isso é uma feliz coincidência.

Então como devemos usá-lo?

Quanto melhor entendermos como ele funciona, melhor poderemos corrigir a tendência que ele tem de nos dar respostas rasas, resultados rápidos que são projetados para ajudar a consumir coisas em vez de entender coisas. O Google é bom para uma pesquisa rápida, perguntas triviais. Não é bom para a profundidade, questões complexas, como debates científicos ou políticos.

Você acha que as pessoas deveriam parar de usar o site?

Elas podem fazer várias buscas diferentes. E devem começar a procurar e conhecer serviços que atendam necessidades específicas, como pesquisa científica ou dúvidas em saúde. E podemos voltar a usar as bibliotecas públicas regularmente. Profissionais treinados ainda são o melhor jeito de encontrar informações úteis sobre assuntos complexos.

Como você vê o futuro do Google e da internet?

A internet certamente mudou nossas vidas quase que instantaneamente. Mas nós podemos perder a liberdade e a abertura que ela nos permite se não lutarmos para preservá-la. Há governos e empresas que gostariam de controlá-la. Uma saída é termos alternativas múltiplas de pesquisa e esforços do governo para sistemas de informações claros e abertos.

*

THE GOOGLIZATION OF EVERYTHING
AUTOR: Siva Vaidhyanathan
EDITORA: University of California
PREÇO: R$ 61,72; 296 págs.
ONDE ENCONTRAR: Em inglês, no site Livraria Cultura e na Amazon (versão impressa e para Kindle) 

Chora oposição: Taxa de desmprego é a menor dos últimos nove anos.

Segundo o OBGE (leia AQUI), "A taxa de desocupação foi estimada em 6,4%, a menor taxa para um mês de abril desde a reformulação da pesquisa em 2002 e considerada estável em relação a março (6,5%). Frente a abril do ano passado, a taxa diminuiu 0,9 ponto percentual. A população desocupada (1,5 milhão de pessoas) ficou estável em relação ao mês anterior. Frente a abril do ano passado, apresentou queda de 10,1% (menos 173 mil pessoas nessa condição)."

Uma ótima notícia para quem torçe que o nosso País se desenvolva com distribuição de renda, mas ruim para a oposição, que apostava no aumento da inflação e na queda da produção industrial que, fatalmente ocasionaria o aumento do desemprego no Brasil.

Os investimentos em obras de infra-estrutura, a contrução de moradias, o aumento do consumo de bens e serviços são os responsáveis pelos índices.

Já a Região Metropolitana de Porto Alegre (leia AQUI) registrou queda em abril, conforme números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O índice ficou em 4,6% no período e é o menor para um mês de abril, desde o início da série histórica em 2002, interrompendo a tendência de alta verificada nos meses de janeiro (4,2%), fevereiro(4,4%) e março (5%). Em abril de 2011, houve queda de 0,8 ponto percentual em relação a abril de 2010.

Segundo economistas, o Pleno Emprego está próximo de ser uma realidade no Brasil, pois este índices demontram que a massa que está desocupada é representada pelos trabalhadores que estão em transição de um emprego para outro.

Espero que cheguemos lá!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pequeno avião passa perto das nuvens de cinzas do vulcão Grimsvotn que cancelou os voos de diversos países da Europa. 

Onde foi parar a tal da mudança climática?


Para quem acompanha o assunto, 2011 vem sendo incomum, pouco se falou em mudanças climáticas. E isso, no rasto do encontro de Cancún - considerado um sucesso relativo, após o fracasso de Copenhague, mesmo tendo deixado em aberto questões essenciais. E até agora, não faltaram enchentes e eventos meteorológicos extremos ao redor do mundo que diferentemente dos anos anteriores, não levaram a discussão de volta às manchetes.

Tudo bem, no Brasil, o assunto do ano no meio ambiente - de mérito inquestionável - tem sido a reforma do Código Florestal. Mas onde estão os discursos de líderes mundiais prometendo mudanças para proteger o planeta das mudanças climáticas?

Alguns até disseram que iriam investir pesado em energias renováveis, entre eles a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. O motivo? Bem, o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, assustou países que dependem em grande parte da energia nuclear.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu uma longa entrevista à BBC. Quase meia hora sobre quase todos os assuntos. Quase, porque não disse sequer uma vez as palavras: "mudança climática" ou mesmo "aquecimento global".

Enquanto isso, os chamados "céticos" continuam a expressar as suas opiniões - raramente baseadas em ciência robusta, mas ocupando o espaço que a imprensa lhes dá. Apesar do barulho que fazem, pouca coisa mudou no consenso da comunidade científica em torno do assunto, como mostrou um estudo australiano nesta semana (uma das poucas vezes em que mudança climática foi manchete neste ano).

Por onde anda a opinião pública? Essa é a pergunta que me faço. Considerando que pesos-pesados da política, que costumam pagar pequenas fortunas para saber o que os seus eleitores pensam, não têm tocado no assunto - Obama falou no máximo em política energética -, seria errado supor que o assunto ficou impopular?

Na semana que vem, representantes dos países que participam da convenção da ONU sobre mudança climática (UNFCCC) voltam a se reunir em Bonn para diminuir as distâncias entre as posições dos 192 países. Afinal, em dezembro, um novo encontro sobre o clima, dessa vez na África do Sul, deveria alinhavar um acordo global.

Alguém ainda se importa?

Direto da BBC

Dia da Mata Atlântica dia 27 de maio: Um bioma arrasado mas magnífico.

27 de maio é uma data especial: é o Dia da Mata Atlântica, um dos oito biomas brasileiros, protegido pela Constituição Federal como patrimônio nacional (artigo 225, § 4º). Estendida em 91 mil quilômetros quadrados do país, ela abriga uma das mais altas taxas de diversidade biológica do mundo, com muitas espécies em extinção.

Apesar da devastação que vem sofrendo desde 1500, a grandiosidade da Mata Atlântica ainda impressiona: presente em 17 dos 26 estados brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Piauí, ela apresenta diferentes relevos e paisagens e uma biodiversidade que chega a mais de 22 mil espécies de animais e de plantas. E o que mais chama a atenção é que muitas dessas espécies são endêmicas, ou seja, não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta.

De todas as espécies da Mata Atlântica, sem dúvida a mais conhecida é o pau-brasil (Caesalpinia echinata), que deu nome ao país em que vivemos. Hoje ameaçada de extinção, sua extração foi a primeira atividade econômica dos portugueses que chegaram às Américas há mais de meio milênio e, possivelmente, o primeiro grande impacto sobre a floresta. Depois disso, vieram outros ciclos econômicos que também causaram perdas. Essa associação de grande riqueza biológica e intensa pressão humana é o que faz da Mata Atlântica um hotspot, ou seja, um dos 34 lugares do planeta mais importantes para preservar a biodiversidade.

À diversidade biológica da Mata Atlântica corresponde também uma grande multiplicidade cultural, com diversos grupos de pessoas vivendo no Bioma. São homens e mulheres com um modo de vida intimamente ligado ao meio ambiente, como jangadeiros, caipiras, pescadores artesanais, caiçaras, ribeirinhos, quilombolas e índios. É no bioma que vive a maior parte da população brasileira e estimativas indicam que há 110 milhões de pessoas nas suas regiões de domínio. É o ecossistema mais ameaçado do país e também o que tem vínculo direto com a vida das pessoas, e nós podemos estar perdendo uma série de benefícios e oportunidades para uma boa qualidade de vida se não cuidamos dele.

Mas por que 27 de maio? A escolha da data, estabelecida em um decreto presidencial de 1999, remonta à colonização do Brasil pelos portugueses. Foi no ano de 1560 que, sensibilizado com a extraordinária biodiversidade da Mata Atlântica, o Padre José Anchieta escreveu a famosa Carta de São Vicente, primeiro registro histórico sobre o Bioma. Na Carta, endereçada ao Padre Geral de São Vicente, o Padre Anchieta descreveu a fauna, a flora e os moradores das “florestas tropicais”, como chamou a Mata Atlântica na época. A Carta foi assinada no dia 27 de maio – daí a origem do Dia Nacional da Mata Atlântica.

O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica – CERBMA/RS está permanentemente preocupado com a Mata Atlântica. Todo o mês reúne representantes dos setores que exercem influência na Mata para discutir e propor formas de melhor conservá-la e de bem aproveitar seus benefícios: órgãos do governo federal, estadual e municipal, organizações ambientalistas, universidades, agricultores, pescadores e indígenas. O dia 27 de maio deve ser lembrado para que fique como um símbolo da luta pela recuperação das florestas e da Mata Atlântica.
No Rio Grande do Sul – Dados da ONG SOS Mata Atlântica, obtidos em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indicam que existem 976.959 hectares de florestas da Mata Atlântica no Estado, o que corresponde a praticamente 905 mil campos de futebol. Isso representa pouco mais de 7% dos mais de 13 milhões de hectares que existiam originalmente. São partes da floresta ombrófila densa (floresta atlântica), floresta ombrófila mixta (floresta com araucárias), florestas estacionais decidual e semidecidual (que perdem as folhas no outono), matas de restinga (paludosas e sobre dunas). Além disso, a Mata Atlântica do Rio Grande do Sul é formada pelos campos de altitude e seus banhados, pelas demais vegetações de restinga e áreas úmidas associadas.

Texto: Joyce Wainberg e Alexandre Krob

Qual será o destino do Serra? Sem ter o que fazer, ele só incomoda.


Parece que aquela bolinha de papel que atingiu o Serra durante a campanha presidencial em 2010 realmente, não era de papel, era de chumbo e afetou as idéias do homem.

Segundo o jornalista Luis Nassif (leia AQUI) a cúpula do PSDB de São Paulo informa que o partido não sabe mais o que fazer com José Serra.

Meses atrás, algumas lideranças tucanas paulistas foram francas com Serra. Disseram-lhe que ninguém queria saber de sua companhia, que ele conduziu a campanha eleitoral de forma voluntariosa, não passou nenhuma mensagem positiva, estragou a imagem do partido. Além disso, identificaram a mão de Serra em vários ataques baixos contra eles próprios, feitos através do parajornalista - já demitido - da Veja e do blog de esgoto normalmente utilizado por Serra para suas baixarias.

Na conversa, Serra indagou se a avaliação seria a mesma, caso tivesse vencido. Foi-lhe dito que essa hipótese inexistia, pois ele perdeu e o partido, em São Paulo, não quer mais saber dele. Mesmo pessoas que participaram diretamente da campanha estão assustadas com a capacidade de Serra de, a cada dia, agregar menos e aumentar exponencialmente sua capacidade de desagregar. Chegaram a cogitar a possibilidade do stress de campanha ter afetado seu discernimento.

Até FHC foi consultado, para sugerir onde alocar Serra.

Segundo a fonte, até agora não caiu a ficha dos jornais paulistas, que erraram em todas as avaliações sobre Serra, seja na eleição do diretório municipal, seja no estadual. No sábado haverá a eleição no diretório nacional. Sérgio Guerra deverá ser reconduzido. Há uma grande possibilidade de que não sobre nada para Serra.

Esse é o pavor dos tucanos paulistas. Sem ter o que fazer, ele continuará incomodando, invadindo todos os espaços atrás de sobras de holofotes.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Greve dos servidores da Capital interrompe aulas em quase 80% das escolas: prefeito Fortunati diz que reajute pararia a Prefeitura.

O primeiro dia da greve dos servidores de Porto Alegre prejudica o atendimento à população nas áreas da saúde e educação. Decidida em assembleia na quinta-feira, a paralisação interrompe as atividades em quase 80% das escolas municipais de ensinos Fundamental e Médio nesta segunda.

Em nota divulgada pela manhã, a prefeitura da Capital informa que está mobilizada para evitar prejuízos à população. "A prefeitura, através de seus órgãos, está mobilizada para que os eventuais transtornos ocasionados pela paralisação sejam minimizados, de forma a garantir a continuidade dos serviços essenciais".

No comunicado, o Executivo afirma ter apresentado proposta ao sindicato prevendo a recuperação integral da inflação dos últimos 12 meses. De acordo com a prefeitura, o índice proposto é de 6,51%, baseado no IPCA/IBGE, aplicado também ao vale refeição (os municipários querem 18% de reajuste).

Para atender às reivindicações dos municipários, a prefeitura de Porto Alegre teria de cortar uma série de serviços essenciais à população, segundo o prefeito José Fortunati, o impacto do reajuste na folha de pagamento seria de R$ 288 milhões – R$ 250 milhões em aumento de salários e R$ 38 milhões da diferença nos vales-refeição (de R$ 12,00 para R$ 18,00). "Vamos gastar neste ano R$ 260 milhões com o Orçamento Participativo (OP), para atender às demandas de toda a comunidade, e os servidores estão pedindo R$ 280 milhões. Isso é impossível", declarou o prefeito.

Que enrolação seu Fortunati. A prefeitura se diz superavitária, com dinheiro em caixa, mas na hora de valorizar o funcionalismo, não tem dinheiro.

Número de desastres climáticos triplicou desde 1980, diz ONG britânica: continuamos brincando com a natureza.

Enchentes no Paquistão. | Foto: AP
Segundo a organização Oxfam (leia AQUI), a média de desastres anuais passou de 133 há três décadas para 350 nos últimos anos, tendo em vista dados coletados em 140 países.

A análise concluiu que enquanto a ocorrência de desastres relacionados a eventos geofísicos – como terremotos, furacões e erupções vulcânicas – permaneceu praticamente constante, as catástrofes provocadas por enchentes e tempestades cresceram significativamente.

O resultado se deve principalmente ao aumento dramático do número de enchentes em todas as regiões do planeta e, em menor grau, à ocorrência de mais tempestades na África e nas Américas do Sul e Central.

Steve Jennings, autor do estudo, acredita que uma das razões desse crescimento seja o impacto das mudanças climáticas.

“Desastres ligados ao clima estão se tornando cada vez mais comuns e a situação deve se agravar no futuro, à medida que as mudanças climáticas intensificam ainda mais as catástrofes naturais”, afirmou.

“Mas é preciso deixar claro que não há nada de natural no fato de as pessoas pobres estarem na linha de frente das mudanças climáticas. Pobreza, má administração, investimentos precários em prevenção de desastres – tudo isso as deixa mais vulneráveis.”

Pois é, disso a gente sabe bem. Qualquer tipo de problema, social, econômico ou ambiental, cehga sempre primeiro aos mais pobres e, certamente, vulneráveis. As populações pobres tendem a habitarem áreas de risco onde ficam mais expostos aos cataclismos.

A terra está viva, ainda... mas vulcão islandês ameaça prejudicar voos em outros países da Europa.



As cinzas do vulcão mais ativo da Islândia poderão se espalhar para as áreas ao sul da Europa nesta semana, mas especialistas ainda esperam que o impacto no espaço aéreo seja limitado. A erupção do Grimsvotn atingiu, até agora, apenas a Islândia, onde a autoridade de aviação civil declarou que as perspectivas de reabertura do principal aeroporto na segunda-feira não são boas (leia AQUI).

Pode até causar problemas, mas para a vida do planeta Terra, as atividades sísmicas (leia AQUI) e vulcânicas (leia AQUI) são sinais de que está tudo certo, ainda. Sem que tivessemos este borbulhar de lavas no interior da crosta terrestre, a atmosfera não se renovaria, pois os gases expelidos pelos vulcões ao lonco da história geológica, foram responsáveis pela vida na Terra.

Estrutura padrão de um vulção.

Claro que os vulcões causam problemas e, algumas vêzes, muitas mortes, mas esta atividade é essencial para o futuro da vida na Terra. 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Médicos americanos exigem 'morte' de Ronald McDonald

Campanha de médicos americanos quer forçar a gigante do fast food a eliminar seu mascote, o palhaço Ronald McDonald
A boa alimentação e os exercícios regulares são a bese para uma boa saúde, física e mental. Mas atualmente, uma boa alimentação, principalmente nos centros urbanos, é difícil de se seguir. Quem tem de se alimentar fora de casa, pior ainda. Garalmente são ailmentos ricos em gorduras, sal e feitos em quantidade e com produtos de qualidade duvidosa.

Saiu (leia AQUI) uma matéria hije na Folha de São Paulo dizendo que centenas de médicos norteamericanos participam de uma campanha para proibir a rede McDonald's de promover seus produtos entre as crianças e forçar a gigante do fast food a eliminar seu mascote, o palhaço Ronald McDonald.

Nos Estados Unidos, a incidência de obesidade entre as crianças é alarmante, e,, os médicos culpam os hábitos alimentares pelo aumento das doenças ligada a obesidade, como diabetes e hipertensão.

A carta dos médicos vai além e pede ao McDonald's que deixe de incluir brindes em seus "McLanches Felizes", refeições que contêm sanduíches hipercalóricos e ricos em sal, gordura e açúcar.

Eu nunca comi um lanche sequer desta rede por questões ideológicas. Mesmo que, às vezes eu cometo uma heresia e coma um sanduiche tipo cheese burger, com certeza não é na McDonalds que eu entro.

Apóio integralmente a luta deste médicos. Mas será que eles conseguem?

Mas tenho certeza de que a culpa não é somente da rede de fast foods mais famosa do mundo. Mesmo com toda a propaganda, os pais tem culpa igual, por deixarem e levarem seus filhos para consumir seus produtos. Se eles incentivasem suas crianças a comerem alimentos mais saudáveis, as idas e visdas a médicos seriam raras. 

PT de Porto Alegre não cai no canto da sereia e diz não a proposta indecente do Fortunati

A Executiva Municipal do PT reafirma a decisão tomada pelo Diretório Municipal de que continua fazendo oposição ao governo municipal. Nosso partido nunca se pautou por cargos ou espaços em governos e informa que já está aberto o debate das eleições de 2012 no partido.

Abaixo, íntegra da Resolução aprovada em março deste ano.

RESOLUÇÃO DA COMISSÃO EXECUTIVA MUNICIPAL DO PT-POA

A Comissão Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre (CEM-PT-POA) reafirma seu protagonismo na organização partidária local, bem como sua ação política, na defesa e sustentação ao papel oposicionista de sua bancada na Câmara Municipal, aos movimentos sociais, na defesa e sustentação dos avanços que significam os governos Dilma e Tarso para o povo brasileiro e gaúcho.

A CEM DO PT-POA abrirá o debate no Diretório Municipal e nas instâncias de base, estabelecendo um calendário de reuniões nas 10 zonais, núcleos e setoriais, cuja pauta será a conjuntura política atual e as eleições de 2012, buscando a construção de um programa.

Finalmente, reitera que, respeitando as instâncias superiores (o DR e o DN) a decisão sobre as candidaturas e alianças será democrática e soberanamente tomada pelo Partido na capital, segundo nosso Estatuto.

POA, 28 de Março de 2011

COMISSÃO EXECUTIVA MUNICIPAL - PTPOA

Desmate cresce 27% na Amazônia; governo exime Código Florestal: Eu não.



O sistema de monitoramento por satélite Deter, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), conseguiu detectar um aumento de aproximadamente 27% do desmatamento nos nove Estados da Amazônia Legal acumulado entre agosto do ano passado e abril, se comparado com o mesmo período anterior (leia AQUI).

A área desmatada passou de 1.455 km2 para 1.848 km2.

SAD Alerta Mato Grosso Abril 2011
Durante a divulgação dos dados nesta quarta-feira, Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente, classificou a situação de preocupante e disse que o governo criou um gabinete de crise para lidar com o aumento, mas negou que ele tenha relação com a discussão sobre o Código Florestal.

Essa versão já vinha sendo adotada pelo próprio Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Proprietários estariam desmatando na expectativa de serem futuramente anistiados pelas reformas no código.

Agora, Teixeira afirma não ter elementos para chegar à mesma conclusão. Ela esperará o relato de fiscais e as explicações dos governos estaduais para entender as causas do aumento.

O que mais chamou a atenção, disse, é o crescimento "anormal" de 47% em Mato Grosso.

No Estado, o desmate ocorreu com técnicas antigas e agressivas, como o "correntão", na qual tratores ligados por uma corrente varrem a floresta, derrubando as árvores no caminho.

Comentário: Está óbvio que este aumento no desmatamento se dá em virtude do novo Código Florestal Brasileiro. Os donos de terras, mesmo que não estejam pensando em serem anstiados, o fazem sabendo que, a partir de agora, as leis ficam mais rígidas. É claro que, o Código em discussão, não é uma maravilha, mas fecha as brechas usadas por eles para desmatar ilegalmente suas terras.

Esta notícia também desmente a senadora Kátia Abreu, que subiu a tribuna do Senado (leia AQUI) para defender os latifundiários dos dados apresenrados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) ao divulgar números inverídicos sobre a evolução do desmatamento na região amazônica. O Imazom eslareceu que (leia AQUI), os dados apresentados refletem o monitoramento mensal que, realmente aumentaram sobremaneira no Mato Grosso (leia AQUI).

Mas agora... Usar o correntão para desmatar, é dose prá elefante! Não existe justificativa, mesmo que seja para "produção de alimentos", usar um método deste que, arrasa a biodiversidade.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Prefeito Fortunati (PDT) convida o PT para fazer parte do seu Governo: Uma proposta indecente.


Quem assistiu o filme Proposta Indecente deve lembrar do enredo, onde Demi Moore e Woody Harrelson são Diana e David Murphy, um casal falido, que está apostando numa rápida viagem a Las Vegas para tentar um golpe de sorte. Mas as chances tornam-se mais atraentes, quando o bilionário John Gage (Robert Redford) põe em jogo a total independência financeira. O preço? Uma noite de paixão com Diana. O prêmio? Um milhão de Dólares.

Mas como nada é perfeito, tudo vai por agua à baixo, pois o casal entra em conflito e tudo dá errado.

Pois é, uma proposta indecente é o que o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, está fazendo ao Partido dos Trabalhadores para integrar o restinho do seu mandato.

Vice de um governo de uma coalizão de centro-direita que derrotou o PT e seus aliados nas últimas duas eleições na capital (leia AQUI), Fortunati, assume a Prefeitura em 2010, favorecido pela renúncia de Fogaça, que se candidata a governador. Assume um governo já na metade do seu sexto ano, desgastado por inúmeras denúncias – licitações fraudulentas no DMLU e no Sócio-Ambiental; compras superfaturadas da Divisão de Iluminação Pública na SMOV; desvio de recursos do Pró-Jovem e do PSF, além das contratações irregulares de serviços. Aliás, a terceirização de serviços na área da segurança acabou indo parar nas páginas policiais com o assassinato do ex-vice prefeito e ex-secretário Municipal da Saúde, Eliseu Santos.

A bancada do PT na Câmara Municipal fez uma oposição forte e consistente ao governo Fogaça-Fortunati (Fo-Fo) ao longo desses últimos seis anos e cinco meses. Formulou seu diagnóstico corretamente: trata-se de um governo de direita, péssimo gestor, que não dialoga com as comunidades, que liquidou com o OP, submisso aos interesses do setor imobiliário: alterações pontuais realizadas no Plano Diretor da cidade comprovam isso. Um governo que não executa seus projetos e que não cumpre o seu próprio orçamento.

Aceitar esta absurda e inoportuna proposta de integrar um governo ao qual fez oposição sistemática seria um gesto de total incoerência. Seria negar o trabalho e o papel da bancada municipal do PT ao longo de mais de seis anos em troca da satisfação de interesses menores.

Com esta proposta... indecente, Fortunati quer assegurar-se de que será concorrente viável nas eleições de 2012 à Prefeitura de Porto Alegre. Se o PT entrar nessa canoa furada, certamente vai causar grandes desgarte aos seus militantes, tal qual no filme, por sua incoerência ao que fez durante os dois ultimos governos na capital gaúcha.

Veremos os desdobramentos futuros.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Continuamos a ser medievais, somente com mais tecnologia... só isso!

Em meados do século passado, muito se falou em modernismo - movimento que se baseou na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas. Assim, se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura, onde a ideia de reexaminar cada aspecto da existência humana na Terra, do comércio à filosofia, teria o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso".

Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e eminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo. Nem bem iniciamos o processo de nos tornarmos modernos e, na ligeireza que o mundo anda, da noite para o dia, já se falava em sermos pós-medernos.

A pós-modernidade, que é, segundo muitos estudiosos, a condição sócio-cultural e estética que prevalece no capitalismo contemporâneo após a queda do Muro de Berlim e a consequente crise das ideologias que dominaram o século XX. O uso do termo pós-modernide se tornou corrente, embora haja controvérsias quanto ao seu significado e a sua pertinência.

No meu ver, como já disse o antropólogo e filósofo, Bruno Latour, que defende a tese de que o homem, até mesmo aquele que se autodenomina pós-moderno, mal chegou a ser moderno: continuamos a ser os mesmos que éramos na Idade Média, bárbaros com uma pitada de tecnologia.

Quero dizer que, a sociedade humana, independente de ser ocidental ou oriental, continua sendo mística, preconceituosa, conservadora e intolerante. Para vivermos em um mundo melhor, talvez civilizado, temos de mudar muito.

Mas porque digo tudo isso, que ainda somos medievais?

Vejam bem: recentemente, beatificamos um Papa, casamos um príncipe e, numa cruzada épica, invadimos um território alheio e matamos um mouro.

E assim vamos indo... para onde mesmo?

Campo x Cidade: Um camponês tem 5 vezes mais chance de viver na pobreza extrema


As estatísticas do agronegócio brasileiro ( leia AQUI) em duas décadas impressionam. De 1990 a 2010, suas exportações multiplicaram-se por dez e hoje sustentam sozinhas o lucro do país no comércio com o exterior. A produção agrícola mais que duplicou e beira 160 milhões de toneladas ao ano, a maior safra do mundo depois da norte-americana. A economia rural enriqueceu seis vezes desde 1995 e atingiu R$ 180 bilhões em 2010. Foi o setor campeão de crescimento em dez anos, diz o ministério da Agricultura. Uma história de sucesso, portanto.

Essa história, contudo, é incompleta. O campo também exibe desalento. Quem nasce ali tem cinco vezes mais chances de viver na pobreza extrema do que se tivesse nascido numa área urbana. Sete vezes mais possibilidades de morar numa casa sem luz elétrica e o triplo de não ter água e banheiro. Não surpreende que a zona rural tenha perdido cinco milhões de habitantes em duas décadas, enquanto a população das cidades ficava 45 milhões maior, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010 e que começou a ser divulgado no fim de abril.

O censo - que aponta a existência de 190 milhões de brasileiros, 85% em áreas urbanas - está ajudando o governo a preparar um plano de combate à pobreza extrema que deve ser anunciado em junho. A partir dele, foi possível definir o que seria pobreza extrema e identificar quem são e como vivem os brasileiros mergulhados nela. A conclusão é de que se trata de alguém com renda mensal máxima de R$ 70 reais e de que há 16,2 milhões de pessoas nesta situação. São eles o alvo do futuro programa.

Os miseráveis espalham-se de forma parecida entre a zona urbana e a rural. São 8,6 milhões na primeira e 7,5 milhões, na segunda. Mas há indícios de que o pobre camponês parece sofrer mais, porque a infra-estrutura rural é bem pior e o peso da miséria na população rural, também. Falta luz para cerca de 15% dos miseráveis camponeses e para cerca de 2% dos urbanos. Falta água para 75% e 20%, respectivamente. Esgoto é uma realidade para uns 10% dos pobres do campo e uns 45% dos urbanos. Nas cidades, encontra-se um miserável a cada vinte pessoas. No campo, um a cada quatro.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mudanças climáticas: Inpe confirma previsão de Amazônia mais quente e seca

A floresta amazônica (leia AQUI) ficará mais quente e com eventos naturais extremos --como grandes secas ou inundações-- cada vez mais comuns.

Esse tipo de projeção já vinha aparecendo em pesquisas anteriores, mas o cenário pessimista foi corroborado agora por um modelo climático mais sofisticado, levando em conta as características específicas da Amazônia.

O trabalho, feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pelo Centro Hadley, do Reino Unido, também incorporou na análise o ciclo do carbono e a dinâmica da vegetação diante das mudanças climáticas.

"Os modelos anteriores consideravam uma vegetação estática, que não reagia às alterações no clima", explica o climatologista do Inpe José Marengo, um dos autores.

Por exemplo, na seca de 2010, estima-se que a mortalidade das árvores tenha liberado 5 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

Consumo de recursos naturais pode triplicar até 2050, diz ONU


O consumo mundial de recursos naturais, como minérios e combustíveis fósseis, pode triplicar até 2050 e causar um catastrófico impacto sobre o ambiente, alerta um relatório divulgado pela ONU, que pede aos países que ajam com rapidez para evitá-lo.

O documento, apresentado pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) em Nova York, analisa o consumo atual dos recursos do planeta e estuda as medidas realizadas pelo mundo para reduzir a relação entre esse consumo e o crescimento econômico.

A humanidade poderia consumir até 2050 "cerca de 140 mil toneladas de minérios, combustíveis fósseis e biomassa por ano, um número que triplica o atual, a não ser que a taxa de crescimento econômico se dissocie da do consumo de recursos naturais", indica o relatório.

"A humanidade pode e deve fazer mais com menos", ressalta o estudo do Pnuma, que explica que atualmente os habitantes dos países desenvolvidos consomem, em média, 16 toneladas per capita por ano desses recursos essenciais, enquanto um cidadão da Índia consome quatro toneladas por ano.

Diante desses números, "tanto com o crescimento da população mundial como da prosperidade, especialmente nos países em vias de desenvolvimento, a perspectiva de níveis muito maiores aos atuais supera em muito o que é sustentável", assinalam os autores do texto.

"Chegou o momento de reconhecer os limites dos recursos naturais disponíveis para apoiar o desenvolvimento humano e o crescimento econômico", sustenta o texto, que acrescenta que "o mundo já está ficando sem recursos acessíveis e de alta qualidade de materiais tão essenciais como petróleo, cobre e ouro".

SOLUÇÃO

A solução está na chamada "dissociação do uso dos recursos naturais e o impacto ambiental do crescimento econômico", ressaltou o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, na quinta-feira, ao apresentar o relatório na sede das Nações Unidas.

"Essa dissociação faz sentido em todos os âmbitos: econômico, social e ambiental", acrescentou Steiner, para quem esse processo é "parte da transição rumo a uma economia verde, baixa em emissões de carbono e eficiente respeito aos recursos".

Ele explicou que se trata de buscar uma economia que "gere empregos decentes e erradique a pobreza de um modo que mantenha a pegada do homem dentro das capacidades planetárias", para o que são necessárias "mudanças significativas nas políticas públicas, o comportamento empresarial e os padrões de consumo".

"Será necessário mais inovação, inclusive uma inovação radical", indicam os autores do relatório, que encoraja os países em vias de desenvolvimento a "mudar sua ideia do que significa o desenvolvimento em um mundo de poucos recursos" e destaca certos avanços obtidos em países como Alemanha, Japão e China, além da África do Sul.

Para conseguir o impulso da economia verde, os responsáveis do texto advertem que é "urgente reconsiderar os vínculos entre o uso de recursos e da prosperidade econômica, baseada em um investimento em massa em inovação tecnológica, financeira e social".
"Deve-se pelo menos congelar o consumo per capita nos países ricos e ajudar as nações em vias de desenvolvimento a seguirem um caminho mais sustentável", destaca o documento. "Nos lugares mais densamente povoados, diminui o consumo per capita de recursos em contraposição a áreas pouco povoadas", acrescenta.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Brasil cria 2,86 milhões de empregos em 2010 e bate recorde: Em oito anos do Governo Lula, foram gerados 15,8 milhões de postos com carteira assinada

A gente sabe que no Brasil muita gente torçe contra. Que são do Tipo do "quanto pior, melhor". Os colunistas do PIG (Partido da Imprensa Golpista), por exemplo, vivem achando "pelo em ovo".

Agora a pouco, fizeram um estardalhaço afirmando que a inflação estava de volta, inclusive mostrando aquelas antigas (e já fora de uso) maquininhas de colocar preço nos produtos dos supermercados, coisa que não se usa mais devido ao advento do código de barras. Agora se vê que não é bem assim. 

Mas eles são assim mesmo, sempre contra qualquer governo trabalhista. Foram contra o Vargas, o Jucelino, o Jango, o Brizola, o Lula e, agora, a Dilma.

Mas o Brasil é maior, infinitas vêzes, que o PIG e a elite (sempre golpista).

Mais uma vez, como disse para este meso PIG o velho Zagalo: "vocês vão ter de me emgolir", no caso, o governo trabalhista do Presidente Lula, que está com a bola toda.

Hoje o Ministério do Trabalho (leia AQUI) divulgou que "o Brasil criou 2,86 milhões de empregos com carteira assinada em 2010, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Os números foram divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho. Além de ser recorde, esse foi o melhor resultado anual durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em oito anos, registrou a geração de 15,38 milhões de postos de trabalho formais. Além disso, a meta de geração de 2,5 milhões de vagas em 2010 foi alcançada. O recorde anterior havia sido registrado em 2007, com a criação de 1,617 milhão de empregos.

Em janeiro, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já havia adiantado dados da Rais, que historicamente eram divulgados apenas em agosto, e anunciado a criação de 2,52 milhões de empregos em 2010. Na ocasião, o ministro havia dito que com os dados que são enviados em atraso pelos empregadores, no balanço oficial da Rais, que acontece hoje, os empregos formais em 2010 chegariam a três milhões de empregos.

O ministério do Trabalho divulga dois números oficiais de empregos formais no País: os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que contém os trabalhadores registrados pela Consolidação das Leis Trabalhistas, ou celetistas (CLT). Esse dado é divulgado mês a mês. E os dados da Rais, que soma os celetistas do Caged, aos celetistas que têm o registro enviado com atraso pelos empregadores para o Ministério do Trabalho, e aos servidores públicos estatutários (não regidos pela CLT), são divulgados anualmente, mas vêm sendo antecipados mensalmente pelo Ministério do Trabalho".

Esta é mais uma boa notícia para todos nós brasileiros, menos para aqueles que apostam no quanto pior melhor. Morre de inveja FHC!!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Censo 2010: Pobres pretos e pardos são três vêzes mais numerosos que pobres brancos.



A população pobre que se declara parda ou preta é quase o triplo da que se declara branca, de acordo com dados do Censo 2010 (leia AQUI) divulgados nesta terça-feira.

Na semana passada, o governo federal definiu o critério para o limite da miséria --renda de até R$ 70 por mês-- e divulgou que 16,2 milhões de pessoas se encaixam nele. Hoje, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a cor ou raça declarada deste grupo de pessoas.

De acordo com os dados, 4,2 milhões dos brasileiros pobres se declararam brancos e 11,5 milhões pardos ou pretos --isso significa que o número de pobres pardos ou pretos é 2,7 vezes o número de brancos.

A nomenclatura para designar cor e raça (branca, preta, parda, amarela e indígena) é a utilizada oficialmente pelo IBGE.

A pesquisa revelou que, pela primeira vez, o percentual de brasileiros que se declararam brancos caiu abaixo da metade: 47,7%. Mais pessoas passaram a se declarar pretas (7,6%) e pardas (43,1%) ao IBGE. Juntas, representam 50,7% da população.

Segundo o IBGE, a população brasileira cresceu quase 20 vezes de 1872 --quando foi realizado o primeiro censo demográfico do país-- até 2010. O número de habitantes do país saltou de 9.930.478 para 190.755.799.

Norte de Minas Gerais pode virar deserto: Para onde vão as pessoas?

Um dos grandes problemas ambientais e que pode causar danos irreparáveis à natureza e afeatr o homem e a sociedede é o mau uso do solo. Não somente pela falta de conhecimento técnico e científico, mas também pelo modelo de desenvolvimento capitalista e pela ganância, o lucro pelo lucro.

Em primeiro lugar, é necessário que se entenda como se forma o solo (leia AQUI). A partir da rocha original, são milhões de anos de transformação através de processos físicos e químicos que promovem a desagregação da rocha original e a formação do solo como o conhecemos, com a adição de matéria orgânica. O solo não é algo estático, está sempre em transformação, como de resto todo o nosso planeta.
O mau uso deste importante recurso natural, responsável pela produção de alimentos que consumimos, acarreta diversos danos. A erosão, a lixiviação a latelização, o desmatamento e a agricultura intensiva podem promover a exaustão e, em última instância, a desertificação.

Em matéria publicada hoje (leia AQUI) , “Um terço do território de Minas Gerais pode virar "deserto" em 20 anos. A conclusão é de um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente ao governo mineiro e concluído em março.

O desmatamento, a monocultura e a pecuária intensiva, somados a condições climáticas adversas, empobreceram o solo de 142 municípios do Estado.

Se nada for feito para reverter o processo, de acordo com o estudo, essas terras não terão mais uso econômico ou social, o que vai afetar 20% da população mineira.

Isso obrigaria 2,2 milhões de pessoas a deixar a região norte do Estado e os vales do Mucuri e do Jequitinhonha.

"A terra perde os nutrientes e fica estéril, não serve para a agricultura nem consegue sustentar a vegetação nativa", afirma Rubio de Andrade, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas, responsável pelo estudo. A região engloba o cerrado, a caatinga e a mata atlântica”.

Com isso, se nada for feito para deter este processo, para onde irão estas pessoas? Irão para as cidades já saturadas e sem condições de acolher estes refugiados?

Mas não é somente em Minas que isso ocorre. Em outros estados brasileiros, inclusive aqui no Rio Grande do Sul, e em vários países do mundo estamos vendo acontecer processos idênticos, sem que haja políticas públicas para capacitar pessoas a fazerem uma agricultura menos agressiva ao meio ambiente.

Como é de conhecimento de todos, está em andamento na Câmara dos Deputados a votação no novo Código Florestal que, entre outras coisas, diminui as APPs (Áreas de Preservação Permanentes) e a Reserva Legal, e anistia os desmatadores, consolidando e legalizando áreas desmatadas ilegalmente. Muitos dos que lá estão a discutir o Código, são os mesmos que têm dividas milionárias por cometer crimes ambientais.

Daí a gente pensa: que serão os beneficiados com o novo Código Florestal?

Vocês arriscam um palpite?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aumenta a crise da direita e da oposição brasileira: Herr Bornhausen deixa o DEM.

                                
Desde a eleição de Dilma, a oposição enfrenta uma grave crise de identidade, de conteúdo e de rumos. Na campanha do Serra, que se enveredou pelos caminhos tortuosos e espinhentos do que há de mais retrógrado e reacionário, aliando-se a extrema direita, já se vislumbrava que, depois do fim da eleição, pouca coisa restaria para a oposição.

O povo brasileiro entendeu o que representava o candidato Serra e seus dogmas preconceituosos e recheados de ódio e votou em Dilma.

Agora, passado as eleições, pouca coisa restou dos que se dizem oposição na cena política brasileira.

Veio a crise...

Primeiro se falou em fusão entre PSDB e DEM.

Depois veio a debandada dos DEMOS para o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que levou junto consigo governadores, prefeitos e parlamentares, levando quase ao extermínio o DEM.

Mais tarde a sinalização da fusão do que restou do DEM, com o PSDB e PPS.

Mas o que demonstra mesmo o caos que se instalou na oposição, é a saída do fundador e maior expoente do DEM, o ex-senador por Santa Catarina, Herr Bornhausen, que se desfilia do partido que ajudou a construir o DEM, ex-PFL.

O velho Bornhausen foi apoiador da Ditadura Militar nos anos de chumbo e foi o mesmo que disse, quando o PT enfrentava a sua pior crise, em 2005: “A gente vai se ver live desta raça por, pelo menos, trinta anos”.

Pois é, o tiro saiu pela culatra.

O que vemos hoje é o PT cada vez mais fortalecido e, o DEM, praticamente extinto.

Coisas da vida.

Aqui se faz aqui se paga.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

As grandes obras do prefeito Fortunati para a Copa 2012 ou como querer se reeleger.

Porto Alegre está, já faz muito tempo, atirada às traças, ou aos ratos e baratas. Alvo de investigação pelo Ministério Público, a licitação pública para a coleta e destinação dos reíduos sólidos (lixo) da capital do RS teve de ser refeito, e custou a demissão de Garipô Selistre, diretor do Departamente de Limpeza Urbana em 2007. O quê se vê pelas ruas não é nada animador, principalmente para uma cidade que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2012.

Quem passa pelos caminhos percorridos pelos caminhões de coleta da empresa QUALIX Serviços Ambientais Ltda (que mudou de nome para SUSTENTARE), que em novembro de 2007 assinou contrato com o DMLU, vê o descaso, tanto da empreza, que deixa lixo espalhado, derrama chorume, tarfega com caminhões sem manutenção e, poir, com número reduzido de garis que se desdobram para fazer o trabalho, Mas pior é quanto a responsabilidade da prefeitura, que devia fiscalizar e multar a empresa infratora. (leia mais AQUI).

Mas as obras para a copa, aquelas que demandam de milhões de Reais e têm visibilidade para uma futura campanha do atual prefeito, ah... estas? Vão muito bem obrigado.

O lixo jogado nas ruas da cidade, atraem ratos e baratas e, com eles, as doenças.

Este é o nosso prefeito Fortunati, igual a seu antecessor, o Fogaça.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

5° Dia da Biodiversidade em Porto Alegre - de 18 a 21 de maio

O capitalismo nunca perde: FMI exige de Portugal privatizações e cortes de gastos sociais

Este fime nós ja vimos por aqui. Na hora dos lucros, o dinheiro é dos capitalistas... na hora de ratear o prejuízo, chamam o Povo.

Portugal terá que se submeter a duras exigências da UE (União Europeia) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para receber o socorro financeiro de 78 bilhões de euros (R$ 184 bilhões), entre elas adotar um programa de privatização, suspender benefícios fiscais e cortar despesas em saúde e educação.

Uma parte do socorro será transferida para ajudar os bancos portugueses. O acordo prevê que do total do pacote de ajuda, o sistema financeiro pode receber 12 bilhões de euros para se fortalecer.

O documento do acordo vazou nesta quarta-feira para a imprensa portuguesa. Na terça-feira (3), ao anunciar que os termos do pacote de ajuda foi fechado, o primeiro-ministro demissionário José Sócrates disse que não poderia detalhar seu conteúdo antes de apresentá-lo à oposição. Mas em discurso otimista, ele afirmou que era um acordo que 'defende Portugal'.

A oposição portuguesa recebeu hoje o texto com os termos do pacote de ajuda. E terá até 16 de maio para decidir se concorda com as exigências. Em 17 de maio, o pacote tem que receber o aval dos líderes da União Europeia.

CONDIÇÕES

A íntegra do acordo, divulgado no site do "Jornal de Negócios" de Portugal, prevê que o socorro financeiro seja liberado em parcelas, depois de uma avaliação trimestral sobre o cumprimento das exigências. Caso se identifique que Portugal descumpre as condições, novas exigências serão impostas.

O FMI e a UE exigem que Portugal "acelere" seu programa de privatização, que inclui os setores de transporte (como aeroportos e a TAP), energia (como a Galp, a EDP e a REN), comunicações (os Correios) e seguros (a Caixa de Seguros). Além disso, pequenas empresas estatais também devem ser privatizadas.

O documento não cita a Caixa Geral de Depósitos. Na terça-feira, Sócrates garantira que o banco não seria privatizado.

Os futuros credores de Portugal exigem, ainda, o fortalecimento do sistema financeiro português. Para isso, 12 bilhões de euros do pacote de ajuda poderão ser usados para aumentar o capital dos bancos, "dentro das regras de ajuda da União Europeia". Ou seja, os bancos que aceitarem o socorro, também estarão submetidos às exigências da UE, que incluem restrições e medidas de reestruturação.

Para cumprir a exigência de reduzir o deficit público de 9,1% do PIB em 2010 para 5,9% este ano, o país terá que tomar uma série de medidas fiscais especificadas no documento.

Os cortes de despesas incluem menos 195 milhões de euros para educação. Subsídios públicos para a produção de produtos e serviços privados também devem ser reduzidos.

Paisagens humanas: as ações do homem sobre a natureza

A Geografia pode ser definida como o estudo da ação do homem e da sociedade sobre o meio ambiente, a natureza. Muitos autores, entre eles o prof. Milton Santos, dizem que hoje, não existe mais uma natureza intacta. Pois mesmo um recanto da Amazônia intocada, já foi lhe dado um valor humano e de mercado. Nesta ótica, tudo o que vemos é uma paisagem humanizada.

Aqui algumas fotos (veja AQUI) deste processo que se desnvolve cada vez mais rápida e intensamente:

 Campos inundados em Cheshire, Inglaterra. Reino Unido

 Geradores eólicos de energia no Norte da Noroega

 Favela em Medelin, Colômbia

 Plantações perto da vila de Prickwillow em Cambridgeshire, Inglaterra. Reino Unido

Aterro sanitário nos arredores de Londres, Inglaterra. Reino Unido

Pesquisa: Buraco na camada de ozônio aumenta chuva no hemisfério sul

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida (leia AQUI) tem um papel importante na mudança climática e no aumento das chuvas no hemisfério sul nos últimos 50 anos, revelaram cientistas.

Os resultados obtidos pela equipe da Escola de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade de Columbia (EUA) são os primeiros que vinculam a redução da camada de ozônio sobre a zona polar à mudança climática até a linha do Equador.

Os pesquisadores destacaram que a conclusão serve de alerta aos líderes mundiais quando se analisa o combate ao aquecimento global. É preciso prestar mais atenção ao buraco na camada de ozônio, junto a outros fatores ambientais como o derretimento do gelo ártico e as emissões de gases do efeito estufa.

As substâncias que afetam a camada de ozônio, como os clorofluorocarbonetos (CFC), que eram utilizados até recentemente em geladeiras, aerossóis e extintores, passaram a ser eliminadas progressivamente de acordo com os dispositivos do Protocolo de Montreal.

"É surpreendente que o buraco na camada de ozônio, situado sobre a Antártida, possa gerar um impacto que chegue aos trópicos e ali afete as chuvas", diz a autora do estudo publicado na revista "Science", Sarah Kang. "É como um efeito dominó."

"Esta descoberta poderá revolucionar a estratégia da luta contra o aquecimento global (...) já que o buraco na camada de ozônio é um fator importante no sistema climático do planeta", estima Lorenzo Polvani, professor de ciências ambientais da Universidade Columbia que coordenou a pesquisa.

terça-feira, 3 de maio de 2011

25 anos do desastre de Chernobyl: ainda não aprendemos a lição.


Há 25 anos atrás, em 26 de Abril de 1986 ocorreu o acidente nuclear de Chernobyl.

Um reator da central de Chernobyl explodiu (leia AQUI) e liberou uma imensa nuvem radioativa contaminando pessoas, animais e o meio ambiente de uma vasta extensão no entorno da usina. Ironicamente, o acidente se deu durante o teste de um mecanismo de segurança que garantiria a produção de energia em caso de acidentes. A explosão ocorreu quando o sistema era testado em um dos blocos da usina, provavelmente devido à instabilidade do reator provocada por uma combinação de erros humanos na sua operação e sua construção estar incompleta à época.


A fome por energia está cada vez mais aguda. Toda a atividade humana está diretamente relacionada com o consumo de energia. Mas, infelizmente, não há investimentos maçiços em energia limpa. Para a produção de energia são utilizados matrizes "sujas" como carvão e petróleo, que poluem o ambiente e contribuem para as mudanças climáticas através de aquecimento global. E da energia nuclear que, recentemente, foi protagonista de mais um desastre, desta vez no Japão, em decorrência do terremoto segudo de tsunami.

Chernobyl ainda é o maior desastre nuclear da história, mas penso que outros ainda estão por vir. O desastre ocorrido na Ucrânia, deixou um triste saldo de vítimas entre mortos logo apos a explosão do reator e milhares pessoas contaminadas que ainda hojem recebem tratamento. Em consequencia, da radiação, as deformidades não são raras.
Chernobyl

Enquanto não mudarmos nosso modo de vida, consumindo menos, vamos precisar cada vez mais eneregia.

Veja AQUI fotos do antes e do depois do desastre.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Trinta anos do atentado do Riocentro: o início do fim do Regime Militar no Brasil

SP2 com o corpo do sargento Guilherme Pereira do Rosário. Segundo as investigações, a bomba explodiu no seu colo prematuramente.

O chamado atentado do Riocentro foi um frustrado ataque à bomba que seria perpetrado no Pavilhão Riocentro na noite de 30 de abril de 1981, por volta das 21 horas, quando ali se realizava um show comemorativo do Dia do Trabalhador.

As bombas seriam plantadas pelo sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo então capitão Wilson Dias Machado, hoje coronel, atuando como educador no Colégio Militar de Brasília. Por volta das 21h00min, com o evento já em andamento, uma das bombas explodiu dentro do carro onde estavam os dois militares, no estacionamento do Riocentro. O artefato, que seria instalado no edifício, explodiu antes da hora, matando o sargento e ferindo gravemente o capitão Machado.

Na ocasião o governo culpou radicais da esquerda pelo atentado. Essa hipótese já não tinha sustentação na época e atualmente já se comprovou, inclusive por confissão, que o atentado no Riocentro foi uma tentativa de setores mais radicais do governo (principalmente do CIE e o SNI) de convencer os setores mais moderados do governo de que era necessária uma nova onda de repressão de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento.

Uma segunda explosão ocorreu a alguns quilômetros de distância, na miniestação elétrica responsável pelo fornecimento de energia do Riocentro. A bomba foi jogada por cima do muro da miniestação, mas explodiu em seu pátio e a eletricidade do pavilhão não chegou a ser interrompida.

O Papa "Pop" é beatificado: prá quê mesmo?

Na foto, o Papa "Pop" com o ditador chileno Augusto Pinochet.

Reproduzo aqui, um post do blogueiro Cristóvão Feil, onde ele mostra o que está por de trás da beatificação do Papa "pop", como diz aquela música dos Engenheiros do Havaí:

"A Igreja cria, por um artifício de marketing santeiro, um ícone para representá-la na sua opção preferencial pelos ricos. O papa Woitila, o mais novo beato em trânsito para a santificação, é o estandarte-conceito da direção terrena da Igreja romana. Rumo acelerado à defesa do atraso e do regressismo. O beato Woitila é uma tentativa de paralisação do processo de decadência da evangelização urbi et orbi, representa uma guinada à direita, uma aposta no obscurantismo, e na manutenção do mandonismo dos mais ricos sobre os pobres - pela eternidade.

Os dirigentes hegemônicos da Igreja católica chapinham numa contradição antagônica insustentável, qual seja, continuam sendo o esteio de um mundo decaído através de dogmas e certezas risíveis em oposição aguda a uma realidade repleta de incertezas e prenhe de possibilidades criativas.

O circo místico acabou e se esqueceu de tombar.

Cristo – uma histórica formulação ético-moral edificante ou a sua representação religioso-cultural (como vocês quiserem) – deve estar ofendido nesta hora".

A Igreja Católica, desde seu início, dedicou-se a ficar ao lado dos ricos, mesmo se dizendo dos pobres. O mundo poderia estar bem melhor se o Vaticano não tivesse escondido o conhecimento e perseguido e assassinado milhares de cientistas que eram taxados como hereges e bruxos(as).

Alívio para os americanos... Osama Bin Laden foi morto, mas a Al-Qaeda ainda vive.

Bin Laden na área de Jalalabad, Afeganistão, em 1989 (Foto: AFP)
Autoridades dos Estados Unidos (leia AQUI) disseram que o fundador e líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden, foi morto com um tiro na cabeça após resistir à prisão, em uma operação conduzida por uma unidade de elite do Exército americano na cidade de Abbottabad, a 100 quilômetros de Islamabad, no Paquistão.

A morte de Bin Laden acontece quase dez anos depois dos atentados de 11 de setembro, em que quase 3 mil pessoas morreram.

Entretanto, como têm apontado diversos analistas, há tempos Osama Bin Laden (leia AQUI) não é mais o comandante operacional da Al-Qaeda, responsável direto pelo planejamento dos ataques. Isto cabe ao que será agora alçado ao posto de primeiro da rede, Ayman al-Zawahiri.

Expulso do Afeganistão e restringido por ataques de aviões americanos não-tripulados nas áreas tribais do Afeganistão, Bin Laden já estava em uma posição de desvantagem.

Mas não há como negar que foi uma grande ação dos EUA. Para os americanos, mesmo que Bin Laden já não tivesse a mesma importancia que há dez anos atrás, o fato é simbólico, pois a sombra do terroriata estava sempre presente no medo dos cidadãos norteamericanos.

domingo, 1 de maio de 2011

A população brasileira esta mais velha e cresce menos

O Brasil tem 190.755.799 habitantes. É o que constata a Sinopse do Censo Demográfico 2010, que contém os primeiros resultados definitivos do XII Recenseamento Geral do Brasil, divulgada nesta sexta-feira (29/4) pelo IBGE. Os dados mostram ainda que o país segue a tendência de envelhecimento, que para cada grupo de 100 mulheres há 96 homens e que há mais pessoas se declarando pretas e pardas.

Segundo o Censo 2010, atualmente, 24,1% da população brasileira é menor de 14 anos; em 1991, essa faixa etária representava 34,7% da população. Outro fenômeno verificado é o aumento contínuo da representatividade de idosos: 7,4% da população têm mais de 65 anos, contra 4,8% em 1991.

Já a taxa média anual de crescimento baixou de 1,64%, em 2000, para 1,17%, em 2010. Mesmo assim a população brasileira aumentou quase vinte vezes desde o primeiro recenseamento realizado no Brasil, em 1872, quando foram contados 9.930.478 habitantes. Outro dado aponta que as maiores taxas médias de crescimento anual de população foram observadas nas regiões Norte (2,09%) e Centro-Oeste (1,91%), seguidas das pelas regiões Nordeste (1,07%), Sudeste (1,05%) e Sul (0,87%).

De acordo com o IBGE, a média de moradores por domicílio caiu para 3,3; em 2000, a relação entre as pessoas moradoras nos domicílios particulares ocupados e o número de domicílios particulares ocupados era de 3,8. Esse comportamento persistiu tanto na área urbana quanto na área rural, diz o Instituto.

Distribuição por sexo – O levantamento aponta que há 96 homens para cada 100 mulheres no país, resultado em um excedente de 3.941.819 mulheres. Entretanto, nascem mais homens no Brasil: a cada 205 nascimentos, 105 são de homens. A diferença ocorre, segundo o IBGE, porque a taxa de mortalidade masculina é superior. Na relação por situação de domicílio, os homens são maioria no meio rural: 15.696.816 homens para 14.133.191 mulheres. Já no meio urbano, as mulheres seguem à frente, como na média nacional: são 83.215.618 para 77.710.174 homens.

Casais gays – A pesquisa do IBGE mostra que o Brasil já registra mais de 60 mil pessoas vivendo com parceiros do mesmo sexo. A região Sudeste é a que tem mais casais que se assumiram homossexuais, com 32.202. Em seguida, está a região Nordeste, com 12.196; e a Sul, com 8.034. O número representa 0,2% do total de cônjuges (37,547 milhões) em todo o país. É a primeira vez que o dado foi pesquisado.

Negros e pardos – Os dados trazem ainda a informação de que há mais pessoas se declarando pretas e pardas. Este grupo subiu para 43,1% e 7,6%, respectivamente, na década de 2000, enquanto, no censo anterior, era 38,4% e 6,2% do total da população brasileira. Já a população branca representava, em 2010, 47,7% do total; a população amarela (oriental) 1,1% e, a indígena, 0,4%.

Analfabetismo caiu – O Instituto aponta que houve melhora no índice de analfabetismo: hoje 9% da população brasileira não é alfabetizada; em 2000 eram 12,9%. Em números absolutos, 14,6 milhões de pessoas não sabem ler nem escrever, de um universo de 162 milhões de pessoas com mais de 10 anos.

Nos próximos meses, o IBGE divulgará novos dados do Censo de 2010 sobre a estrutura territorial do País, a malha dos setores censitários e novas informações sociais, econômicas, demográficas e domiciliares referentes aos dados do universo, conforme pode ser conferido no calendário de divulgações.