A crise do capitalismo pode salvar a Terra?
Refletindo sobre tudo que está acontecendo a nossa volta, crise do capitalismo, meio ambiente, aquecimento global, chego a uma conclusão que pode ser simplista, mas tem certa lógica.
A retração do consumo, por exemplo, pode ter componentes positivos (é claro que econômica e socialmente é negativo) sobre o meio ambiente e a natureza.
No Brasil, por exemplo (leia aqui), a carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) caiu 2,7% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Trata-se da segunda queda seguida - em dezembro, foi de 3,1% - e , em seu Boletim Mensal da Carga, o ONS aponta a crise financeira como responsável pelo mau desempenho.
Menos energia consumida, gera menor pressão sobre os recursos naturais. Esta energia não consumida, é decorrente de uma menor atividade industrial. Assim, com menor atividade industrial, menor demanda de aço, alumínio e outros insumos.
E como, infelizmente, a atividade industrial é centrada na atividade metal-mecânica, e a industria metal-mecânica na produção de automóveis, e a venda e automéveis caiu, significa menos carros na rua, que significa menos CO² na atmosfera, Desta maneira, a retração do consumo, está colaborando para diminuir os efeitos do aquecimento global, pelo menor consumo de combustíveis fósseis.
No universo, para toda ação há uma reação e, quanto maior a ação, maior a reação.
É preciso pensar sobre tudo isso. Há de se mudar o modelo de desenvolvimento capitalista (que visa somente o lucro) por um modelo de desenvolvimento ecológico (não falo sustentável, porque todo o desenvolvimento gera impactos). Neste modelo, os lucros, serviriam apenas para cobrir custos e remunerar as pessoas.
Temos de ter em mente que não somos donos do planeta, outras gerações virão e estes tem o direito a viverem em um mundo mais justo e solidário, com responsabilidade ecológica.
Mas quem vai apoiar este modelo?
Muito poucos, eu penso...
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