CIDADÃO x CONSUMIDOR: QUEM "VALE" MAIS?
Hoje, em um post do Cristóvão Feil, que versa sobre o papel de uma imprensa livre e deomcrática, prática essa que não existe por aqui, uma coisa que o Cristóvão falou, me lembrou uma entrevista do grande geógrafo, Milton Santos, à Zero Hora em 2000. Nessa entrevista o Professor falava dos rumos do processo de globalização e a massificação do modo de vida da humanidade
Assim como o Milton Santos, com todo o seu pensar, falava sobre a diferença que existe entre a verdadeira cidadania e o que a mídia entende (?) como cidadania: o direito do consumidor. O Cristóvão, em seu blog: http://diariogauche.blogspot.com consegue sintetizar o pensamento do Professor.
Os donos da mídia, financiados pelas firmas que produzem toda a sorte de bujigangas, fazem questão de tratar o cidadão, somete como consumidor. Nessa ótica, o que deve ser respeitado, não é o cidadão, e sim o "direito" seu de comprar.
Cada vez menos se fala nos direitos fundamentais do ser humano, somente que deve-se respeitar o seu direito que escolher o produto que melhor se adapte às suas "necessidades". Livre escolha(?).
E, em nome desse consumo, as mais diversas "barbaridades" são causadas ao contra o cidadão e contra o meio ambiente. Os produtos, fabricados para satisfazer o ego e não as necessidades básicas, antes mesmo de chegarem ao mercado, já existe um substituto, que faz a mesma coisa, só que acompanhado de um apelo diferente. Status...
E o pior é que as pessoas, não somente "engolem" a isca, como também a procuram com avidez esse padrão de vida. Cada novidade é ansiosamente esperada, incentivadas pela mídia, que vive do dinheiro de seus patrocinadores.
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