sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Durante trinta anos EUA apoiaram Mubarak, agora... Ele não serve mais.



Milhares de egípcios estão reunidos na praça Tahrir, no centro do Cairo, nesta sexta-feira, batizada de "Dia da Partida", quando uma mobilização em massa pressionará pela renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak. O clima, porém, é de tranquilidade, ao contrário dos dois últimos dias, em que confrontos entre manifestantes pró e contra Mubarak deixaram oito mortos e mais de 800 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde egípcio (leia AQUI).

Depois dos confrontos violentos, os efetivos do Exército foram reforçados nos arredores da praça. Usando capacetes com viseiras, semelhantes aos da polícia de choque, os militares formaram um cordão defensivo em volta da praça. Em maior número do que nos dias anteriores, eles verificavam documentos de motoristas e pedestres antes de permitir a entrada no local.

O jornal americano "The New York Times" afirmou nesta sexta-feira que a Casa Branca discute com autoridades egípcias uma proposta para que Mubarak renuncie imediatamente e entregue o poder a um governo de transição liderado pelo vice-presidente Omar Suleiman.

Segundo o jornal, funcionários do governo americano e fontes diplomáticas árabes que não quiseram ser identificadas garantiram que Washington e Cairo mantêm conversas para um plano no qual Suleiman assumiria o controle do país.

A geopolítica do Oriente Médio está em cheque. Pois não é somente no Egito que a insatisfação com os mandatários (ou ditadores) acontece. É bom lembrar que os EUA e Israel apóiam estas ditaduras porque são convenientemente aliadas à polítca externa norteamericana para a região. É bom lembrar que a invasão do Iraque se deu por esta política. Saddan Hussen era aliado à politica externa dos EUA, quando vira que Saddan estava atrapalhando, invadiram o Iraque e  executaram Saddan (não entro aqui no mérito, mas nos fatos).

É assim que funciona...

Os americanos apoiaram Mubarak durante trinta anos. Nunca sequer questionaram sua permanência no poder durante todo este tempo. Bastou a insurreição do povo e a crítica da comunidade internacional e eles mudam de opinião.

Nenhum comentário: