Guarda Civil Metropolitana de São Paulo tira moradores de rua (na porrada) do Largo de São Francisco
Certas notícias que, quem sabe, aparecem na mídia por "acaso", nos dão a dimenção dos valores sociais homanos. A lógica invertida, onde o material construído, vale mais que o ser humano, demonstra a nossa incapacidade de conviver com o outro. Nós, humanos, pouco queremos saber do outro. Suas âncias, medos, problemas, etc. Quermos saber somente de nós mesmos.
Pois hoje, mais uma vês, fica provado que, não damos a mínima para o outro... o nosso semelhante.
Uma matéria do Estadão (êta jornalzinho reacionário) mostra muito bem isso.
O Largo de São Francisco, no centro de São Paulo (leia AQUI), foi ocupado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM). A ação teve início às 6h de domingo, quando cerca de 40 moradores de rua foram expulsos da frente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Parte do grupo resistiu e houve confronto com guardas-civis. Duas pessoas foram levadas para a delegacia. Em seguida, fitas adesivas isolaram as laterais do prédio.
Oficialmente, o objetivo da operação é proteger o patrimônio público e evitar a degradação de bens tombados - muros da faculdade estão pichados e esculturas, deterioradas. Nesta segunda-feira, 10, dez viaturas da GCM chegaram a ser posicionadas no largo e no entorno. Segundo o comandante da operação, inspetor José Antonio de Oliveira, os guardas permanecerão no local por tempo indeterminado, e podem migrar para outros pontos do centro.
"Esta não é uma ação contra os moradores de rua, mas a favor da proteção do patrimônio histórico. Por isso, pode ser que amanhã, na próxima semana ou mesmo no próximo mês possamos migrar para outros pontos do centro", disse Oliveira, ao comentar a concentração de moradores de rua no Pátio do Colégio.
Não estou aqui me colocando contrário a preservação do "patrimônio" arquitetônico e histórico da cidade de São Paulo, mas e o patrimônio humano?
Que políticas públicas existem para melhorar a vida dessas pessoas?
São Paulo, infelizmente, entregue a uma elite arcaica do PSDB/PSD, não dão a mínima para essas pessoas.
Não é a toa que, desde 2008, a maior cidade do país assiste ao aumento do número de casos de incêndios em favelas, quase 600, 32 só neste ano. É o total descaso para o ser humano, aliado aos interesses imobiliários. Serra (PSDB), quando prefeito (não cumpriu o mandato até o fim) desativou o programa de combate a incêndios na cidade e, Kassab (PSD), também nada fez para minimizar essas tragédias.
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