Jornalismo porco: as mentiras da Zero Hora não se sustentam nem por um minuto
Eu era jovem quando Lílian Celiberti foi sequestrada. Ela havia se refugiado no Brasil e no RS, fugindo da sangrenta ditadura que se instalou no Uruguai (não somente no Uruguai).
Ela, seus dois filhos menores e Universindo Díaz, foram sequestrados na Capital, em novembro de 1978. Após o sequestro, os uruguaios foram levados a seu país de origem, onde Lílian ficou detida e chegou a ser torturada.
Ela veio ao Brasil, onde também participou do Fórum Social Mundial, para prestar depoimento em um processo de danos morais movido por um dos seus sequestradores, contra o jornalista Luiz Claudio Cunha, autor do livro Operação Condor: O Sequestro dos Uruguaios, lançado em 2008.
Mas aqui não quero falar, nem sobre o sequestro dos uruguaios e nem sobre as ditaduras. Quero me referir ao jornaleco do clã dos Sirotzky, a Zeagá (Zero Hora), e a sua má conduta de publicar mentiras, e o pior, mentiras deslavadas.
O título da matéria diz: Ex-militante da ditadura e suposto sequestrador se encontram 32 anos depois na Capital
Mentira: Líliam não era, lógico, "militante da ditadura" ela foi uma militante sim, mas CONTRA a ditadura que se instalou no Uruguai de 1973 a 1984.
É muita cara-de-pau desse jornaleco fascista e reacionário.
E mais ainda, ao tratar de um dos sequestradores dos uruguaios, Zeagá dá uma aliviada. Diz a manchete "suposto sequestrador".
Será que os editores do jornaleco pensam que somos burros, taipas, abobados, trouxas, babacas, idiotas, tontos, etc, etc, etc?
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