segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Falta de planejamento urbano: Porto Alegre em baixo d'água

(Ronaldo Bernardi/Agencia RBS)

Porto Alegre amanheceu com uma torrencial chuva que, segundo as estimativas, foi o equivalente a quase a metade do que é esperado para o mês de novembro.
 
E, como era de se esperar. os alagamentos e as inundações dos cursos d'água, se multiplicam em uma cidade que não planeja a ocupação do seu espaço. Um dos grandes desafios para uma cidade como Porto Alegre, é o sistema de drenagem que, invariavelmente nunca funciona quando a chuva é mais abundante.
 
A impermeabilização do solo e uma drenagem mal dimensionada, causam transtornos e prejuízos, pois a primeira acarreta uma aceleração e o aumento da vazão do escoamento das águas da chuva e, a segunda, não suporta o volume deste escoamento. Mais o descaso das pessoas, que não dão um destino adequado aos seus resíduos, os transbordamentos e alagamentos tendem a se agravar. Segundo o Prof. Carlos Tuccci (AQUI), do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, "o aumento e a magnitude das enchentes se dá ao devido a ocupação do solo com superfícies impermeáveis e condutos de escoamento mal dimensionados. Adicionalmente o desenvolvimento urbano pode produzir obstruções ao escoamento como aterros e pontes, drenagens inadequadas e obstruções junto a condutos e o assoreamento." 

Rua Silva Só com Avenida Ipiranga:imagem 2


Arroio Dilúvio é um exemplo do que digo. A maior bacia hidrográfica de Porto Alegre, que teve seu curso retificado no início das década dos anos sessenta do século passado, tem pontes que foram mal projetadas, com altura inferior ao que seria necessário para dar vazão em eventos como este de hoje.

Nas fotos de Zero Hora (AQUI) vemos o resultado da falta de planejamento quanto a drenagem em Porto Alegre, que agrava os problemas de alagamentos em dias de muita chuva.
 
E o pior, todos são prejudicados, mas quem sofre mesmo são os pobres, que moram em áreas impróprias, onde os riscos de alagamento são constantes. Uma pena.

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