sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Brasil tem 194 milhões de habitantes e RS é o 5º Estado mais populoso, aponta IBGE: a população cresce e os problemas também.


O fenômeno conhecido como conurbação  é caracterizado pelo crescimento das cidades além seu perímetro, engolindo as áreas rurais e, também, as cidades próximas. Deste processo surgem as metrópoles e as camadas Regiões Metropolitanas.

O crescimento exagerado das cidades causam inúmeros problemas de gestão urbana, pois são milhões de pessoas vivendo em áreas relativamente pequenas, se comparados aos territórios dos estados e do País.

São inúmeros os problemas que ocorrem nestas imensas cidades: A precariedade no abastecimento de alimentos, água e energia; falta de transporte de qualidade, educação, lazer e segurança. Além de conflitos na gestão do espaço e do parcelamento do solo urbano. Onde os interesses imobiliários resultam na a falta de moradias dígnas e na ocupação irregular de áreas impróprias. As redes urbanas estão em constante implantação e expansão e, mesmo assim, não dão conta satisfatoriamente da demanda.

Isso tudo, fora os problemas ambientais que são ocasionados pela poluição do ar e dos rios e córregos, gestão dos resíduos sólidos e dos esgotos domésticos, que contaminam sobremaneira estes grandes centros urbanos.

Segundo Manuel Castells em seu livro, A Questão Urbana (1983), o urbano, já não se mantém restrito aos centros urbanos, pois este fenômeno está inserido, também, no rural e, até mesmo, nas “florestas intocadas”. Pois a lógica urbana, suas redes e suas consequências, perpassam as fronteiras das cidades, resultando no o que o autor denomina de “civilização urbana” (leia AQUI) .

Pois o IBGE (leia AQUI) divulgou uma estimativa publicada nesta sexta-feira, 31/8, pelo Diário Oficial da União que a população brasileira alcançou 193.946.886 de pessoas em 1º julho deste ano. O Rio Grande do Sul é o quinto Estado mais populoso do país, com 10,7 milhões de pessoas. Porto Alegre atingiu 1.416.714 de moradores e segue cotada como a 10ª cidade mais populosa.


Entre as regiões metropolitanas, a gaúcha está em quarta no ranking, atrás da paulista (19,95 milhões de habitantes), fluminense (11,84 milhões de pessoas) e mineira (5,5 milhões de moradores). São 3.995.337 de pessoas vivendo na Grande Porto Alegre. As 15 regiões metropolitanas mais populosas somam 72,26 milhões de habitantes em 2012, ou seja, 37,26 % da população total.

Quem anda pela Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) vai encontrar todos os problemas descritos a cima. O eixo da BR 116 está totalmente urbanizado até Novo Hamburgo, e vemos rios polidos, favelas, constantes engarrafamentos, o ar poluído, violência e muitos outros problemas gerados pela falta de planejamento.

Parece que se não forem tomadas medidas urgentes, o caos é o que nos aguarda...

Somos nós a civilização urbana...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Estamos vivendo no cartão de crédito ecológico.. os humanos enfiaram o pé na jaca!


Desde o dia 22 de agosto deste ano, entramos no cartão de crédito ecológico. Isso quer dizer que, nos primeiros oito meses do ano, os seres humanos consumiram a totalidade dos recursos que a terra é capaz de produzir ao longo de um ano. Gastamos tudo e agora, para enfrentar o resto do ano, vamos afundar o pé no crédito. No dia 22 de agosto, alcançamos o que a organização Global Footprint Network (GFN), sediada em Genebra, denomina de « Global Overshoot Day », ou « Dia do Excesso Global ». Em 2012, o « Global Overshoot Day », que é medido desde 2003, foi alcançado 36 dias antes do que ocorreu em 2011. Desde que o índice é medido, aponta a GFN, os recursos do planeta vêm sendo consumidos cada vez com maior rapidez.

Para definir esse índice a organização utiliza a medida do hectare global (hag), mediante o qual compara a biocapacidade do planeta com o consumo de cada país. A situação hoje é a seguinte : para manter o padrão de consumo atual precisaríamos de meio planeta suplementar. Entre os anos 60 e hoje, os recursos planetários caíram pela metade, enquanto o consumo disparou. Segundo a Global Footprint Network, os Estados Unidos e o Brasil alcançaram antes dos demais países o dia do excesso, em 26 de março e 6 de julho respectivamente. Se todo o planeta necessitar dos recursos consumidos pelos Estados Unidos e pelo Brasil seria necessário mais 4,16 e 1,9 planetas para satisfazer a demanda.

Os principais responsáveis pelo déficit são as emanações de dióxido de carbono, as mudasnças climáticas decorrentes delas e a exploração dos recursos naturais. As implicações são dramáticas : diminuição das florestas, perda de espécies, colapso da pesca, aumento dos preços dos alimentos básicos : « as crises ambientais e a crise financeira que estamos enfrentando são os sintomas de uma catástrofe iminente. A humanidade está simplesmente usando mais do que o planeta pode prover », diz a Global Footprint Network .

O informe deste ano aponta que, entre 1970 e 2008, a biodiversidade planetária caiu cerca de 30%. A cada ano desaparecem 0,01% das espécies e o déficit ecológico vem crescendo de maneira exponencial há 50 anos. Diante da inércia dos governos e das entidades internacionais diante desse quadro de destruição ambiental, o coordenador da GFN, Mathis Wackernagel, acredita que a natureza vai acabar se encarregando de « resolver o problema : « a recuperação só poderá ter êxito se for acompanhada de reduções sistemáricas de nossa demanda de recursos e serviços ao ecossistema . Se isso não ocorrer, o desastre se encarregará de fazê-lo ».

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Justiça de São Paulo reconhece Ustra como torturador



SÃO PAULO - O coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra (leia AQUI), apontado por organizações de direitos humanos como mais notório torturador dos tempos do regime militar, acaba de perder uma batalha. Por unanimidade, a 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo negou hoje, o recurso no qual ele pedia a reformulação da sentença de primeira instância em que foi reconhecido como torturador.

 Essa é a primeira vez que uma decisão envolvendo a tortura no Regime Militar é referendada por um colegiado de segunda instância. "Foi uma conquista inédita na Justiça brasileira", comemorou o advogado Fábio Konder Comparato, representante da família Teles, autora da ação, ao deixar o tribunal, na Praça da Sé, no centro de São Paulo.

O relator da apelação, desembargador Rui Cascaldi, assinalou que o réu era responsável pela integridade física dos prisioneiros e que a tortura era ilegal. "A lei proibia a tortura de qualquer pessoa detida, mesmo naquela época", insistiu, referindo-se ao período autoritário. Lembrou em seguida artigos da carta constitucional outorgada em 1969, que vedavam a prática da tortura.

Também participaram do julgamento os desembargadores Carlos Augusto De Santi Ribeiro e Hamilton Elliot Akel.

O coronel Ustra comandou o DOI-CODI no período de 29 de setembro de 1970 e 23 de janeiro de 1974. Segundo organizações de direitos humanos, 502 pessoas foram torturados naquele local neste período. Desse conjunto, 40 teriam sido executadas.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mudanças climáticas e crise alimentar: secas e enchentes aumentam o preço dos alimentos.


O aquecimento global (leia AQUI ) tem provocado efeitos climáticos extremos, como por exemplo, muita seca em algumas regiões e muita chuva em outras. A seca nos EUA em 2012 deve repercutir em todo o mundo, pois a economia americana é responsável por quase metade das exportações mundiais de milho e boa parte das exportações de soja e trigo. As chuvas excessivas na China tem reduzido a produção de alimentos, enquanto uma queda da precipitação provocadas pelas monções na Índia devem reduzir a produção mundial de arroz.

O fato é que o aumento das atividades antrópicas está provocando mudanças climáticas cada vez mais desastrosas. O diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, James Hansen, disse para a BBC, que “A mudança climática está aqui e é pior do que pensávamos”. Ele disse que foi otimista, quando testemunhou diante do Senado americano, no verão de 1988, quando traçou “um panorama obscuro sobre as consequências do aumento contínuo da temperatura impulsionado pelo uso de combustíveis fósseis”. Segundo Hansen, que está cada vez mais pessimista, os verões de calor extremo registrados recentemente em diversos pontos do planeta provavelmente são resultado do aquecimento global.

Portanto, o efeito da interferência humana no clima pode provocar uma séria crise alimentar, como está indicando a tendência do índice de preço dos alimentos da FAO para julho de 2012. Atualmente a concentração de CO2 está em 390 partes por milhão (ppm), mas ultrapassando 400 ppm provocará secas ainda maiores. Portanto, é necessário reverter urgentemente o aquecimento do clima e do preço da comida.

Nova York aposta em telhados brancos contra o aquecimento global


Conhecida pela divulgação e promoção de ações de sustentabilidade, a Prefeitura de Nova York criou um programa pelo qual pretende pintar de branco, senão a totalidade, a maior quantidade possível de telhados da cidade.

O objetivo da medida é reduzir o consumo de energia dos moradores e, assim, o impacto que causam no meio ambiente.

Isso porque, com os telhados pintados de branco, a temperatura no interior de um edifício pode cair até 30%, diminuindo os gastos com ar-condicionado e, consequentemente, a emissão de gases do efeito estufa, o que, em última análise, ajuda a controlar os efeitos nocivos do aquecimento global.

O programa, chamado de "Cool Roofs" (ou "Telhados Frios", em tradução literal), faz parte de um conjunto de medidas tomadas por Nova York com o intuito a reduzir em 30% a emissão de gases causadores do efeito estufa até 2030.


Segundo um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa de Sistemas Climáticos da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, um telhado pintado na cor branca registrou, no dia mais quente deste ano, uma temperatura até seis graus menor do que a verificada em um tradicional, sem a tinta.

Leia mais AQUI



Poluição do ar mata 1,3 milhão ao ano


O ar poluído (leia AQUI e AQUI) é um dos mais graves riscos ambientais para a saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os químicos inalados com a fumaça, a fuligem e o ar poluído são os responsáveis diretos por cerca de 1,3 milhão de mortes ao ano em todo o mundo.

Além de aumentar os índices de infecções respiratórias, doenças cardíacas e câncer de pulmão – e também as taxas de mortalidade por estas doenças – a poluição pode gerar ou agravar uma série de outras enfermidades e condições. Conheça algumas delas

As grandes cidades do mundo, as megalópoles, e mesmos as menores, têm muitos carros. Porto Alegre por esxemplo, mesmo que nem de perto é uma megalópole, tem em torno de 700 mil veículos para uma população de 1,6 milhões de habitantes.
 
Não sou saudosista e nem quero que voltemos a idade da pedra, mas devemos ter a consciência quer, automóveis, caminhões e os ôníbus, são responsáveis por grande parte do CO2 e particulados presentes no ar, além de chumbo, enchofre e outros poluentes que, invariavelmente, é inalado por nós, moradores dos grandes centros urbanos.
 
Sem uma política de incentivo que iniba o uso abusivo de veículos, principalmente os particulares, com a adoção de transporte de massa de aulidade, como os ônibus elétricos e metrôs, mais e mais pessoas serão afetadas pela poluição nas cidades.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Os jogos olímpicos servem a quem mesmo?


Ontem foi o encerramento de mais uma edição das Olimpíadas. Durante duas semanas, Londres foi a capital do esporte. Já postei anteriormente (leia AQUI) que as Olimpíadas, “humilham” os atletas de países pobres, que não possuem recursos financeiros para investir na preparação de seus atletas.

Sei bem de tudo que se diz de bom sobre os jogos. Que é uma forma de unir povos e de congraçamento de atletas, elevando o ideal olímpico (?). Mas tenho uma visão um pouco mais crítica em que, na realidade, tudo não passa de uma grande oportunidade de realização do lucro (mola mestre do capitalismo). Corporações, empresas, firmas e governos, capitaneados pelo COI, investem bilhões de dólares com o objetivo final de, como muito se fala “fazer a roda rodar” (a roda do capitalismo).

Essa dinheirama toda poderia simplesmente ser usada para erradicar doenças em países pobres, matar a fome de milhões de pessoas, construir hospitais, escolas, etc. E até mesmo no esporte (esporte é vida). Sou corredor amador e sei muito bem dos seus benefícios para o corpo e ”espírito”.

Não posso simplesmente torcer por medalhas para o Brasil ou apreciar a força e técnica dos atletas, que é sim importante. Mas o que existe por trás de tudo isso é que me incomoda.

Praticamente não assisti nada dos jogos. Assisti uma que outra modalidade, em um ou outro momento em que eu nada tinha a fazer e estava frente a uma TV. Não me chama a atenção mais, assim como as Copas do Mundo que, tornaram-se o que costumo chamar de “Disneylândias” esportivas. Grandes circos de propaganda.

Perdeu a graça. Antes da inclusão dos patrocínios, as disputas eram reais, hoje, penso que somente atendem interesses alheios que não o do esporte.

O Brasil trouxe umas medalhas, ficou em 22° lugar, longe das grandes potências, é claro. Mas o que importou mesmo, foi a superação dos atletas que, sem apoio ou patrocínio, treinam anos e anos, contra tudo e todos, para obter uma única medalha.

Os jogos não são mais os mesmos... Mudaram os jogos ou mudou o mundo?

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Índios lutam por voz em desenvolvimento da América Latina

Crédito: Amnesty International
Crianças Sarayaku em um rio. A Anistia Internacional faz campanha para que governos sejam obrigados a consultar os povos indígenas antes de levarem adiante projetos de desenvolvimento que possam afetar suas vidas.

Entidades internacionais alertaram sobre as violações de direitos humanos sofridos por povos indígenas na data em que se comemora o Dia Internacional da ONU para os Povos Indígenas, nesta sexta-feira.
Não é de hoje que os brancos subjulgam os povos indígenas. Temos na história das conquistas e colonização das terras americanas, a escravidão e o extermínio de indígenas. No Brasil, somente uns poucos restaram daqueles que povoavam nosso país. Milhões foram mortos.  
 
Em um relatório publicado na véspera deste dia (leia AQUI), a organização de direitos humanos Anistia Internacional diz que os governos de todo o continente americano dão prioridade ao desenvolvimento econômico em detrimento dos direitos dos povos indígenas.
A entidade faz campanha para que os governos sejam obrigados a consultar as comunidades indígenas sobre projetos de desenvolvimento que possam afetar suas vidas.
O documento cita exemplos de grandes obras, como estradas e hidrelétricas, construídas em diversos países sem que os governos consultassem os povos afetados.
A entidade pede que os governos tomem medidas concretas para que "se evitem novas violações dos direitos humanos" dos indígenas no continente.
Calcula-se que 370 milhões de indígenas vivam em mais de 90 países.
Muitos desses povos enfrentam pobreza extrema, desemprego, discriminação e, muitas vezes, falta de acesso a direitos básicos.
Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), apesar de alguns progressos recentes, "muito ainda precisa ser feito" para que esses povos tenham acesso a trabalho e justiça social.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mês de julho bateu recorde de calor nos EUA, diz relatório

Crianças brincas na água para amainar o forte calor que castiga os EUA.

As consequências do nosso modo de vida, onde o consumo é a mola mestre, está levando o nosso planeta a sua exaustão. O capitalismo somente existe com o lucro e, o lucro, somente existe com o consumo.

Para se ter produtos para o consumo, usa-se matérias primas e energia... e a energia, uma grande parcela dela, é obtida pela queima do combustíveis fósseis.

E com sabemos, com mais CO2 na atmosfera, resultado da queima dos combustíveis fósseis, estamos aumentando o Efeito Estufa, provocando o aquecimeto da temperatura média da Terra, que está influenciando nas mudanças climáticas.

Como já disse, até mesmo os cientistas mais céticos quato as causas e consequências das mudanças climáticas, estão revendo suas posições e, também, atráves de seus estudos, comprovarem a influência humana neste processo.

Pois saiu hoje uma matéria (leia AQUI) dando conta que o mês de julho passado foi o mais quente nos EUA desde o início da medição, em 1895, batendo o verão de 1936, que ficou conhecido como "Dust Bowl". As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês).

A grande seca do "Dust Bowl" arrasou a agricultura das Pradarias dos Estados Unidos na década de 1930, agravando a crise econômica da época e a Grande Depressão.

Julho também foi o mês mais quente nos últimos 12 meses, batendo o recorde atingido há um mês atrás, de acordo com o NOAA.

De acordo com o relatório, a temperatura média em julho nos 48 Estados americanos foi de 77,6 graus Farenheit (25,3ºC), o que representa 3,3 graus Farenheit (1,7ºC) acima da média do século 20. O verão de 1936, o mais quente anteriormente, teve média de 77,4 graus Farenheit (25,2ºC).

PLANTAÇÕES

Além do recorde de calor, a seca tomou cerca de 63% dos 48 Estados, segundo o NOAA. As piores condições estão no meio-oeste americano, onde ficam 75% das plantações de milho e outros grãos.

Analistas dizem acreditar que a seca --a pior desde 1956-- resultará na pior safra de grãos em seis anos, o que causará alta nos preços.

Os preços do milho e da soja atingiram altas recorde no final de julho com a piora da seca, diminuindo a produtividade das lavouras. Os preços para ambos os grãos têm, desde então, caído ligeiramente, devido ao retomo das temperaturas mais amenas, acompanhadas pelas chuvas.

O calor intenso e a seca reduziram as perspectivas da safra de milho dos EUA para uma mínima de cinco anos. A oferta de milho no próximo ano deve cair para seu menor nível em quase 20 anos.

Senado aprova projeto que regulamenta sistema de cotas nas universidades federais


Os senadores aprovaram, na noite dessa segunda-feira (7), o projeto que regulamenta o sistema de cotas raciais e sociais nas universidades públicas federais em todo o país. Pela matéria, relatada pela senadora Ana Rita (PT-ES), metade das vagas nas universidades deve ser separada para cotas.

A reserva será dividida meio a meio. Metade das cotas, ou 25% do total de vagas, será destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas de acordo com a proporção dessas populações em cada estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A outra metade das cotas será destinada aos estudantes que tenham feito todo o segundo grau em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita até um salário mínimo e meio. Para os defensores da proposta, esse modelo que combina cotas raciais e sociais é o mais amplo e uniformiza as políticas de reserva de vagas que existem nas diversas universidades federais.

O projeto de regulamentação da política de cotas é aprovado depois que o Supremo Tribunal Federal declarou ser constitucional esse tipo de ação afirmativa nas universidades. A aprovação da matéria foi em votação simbólica, pela maioria dos senadores presentes. O projeto já passou pela Câmara dos Deputados e segue agora para sanção presidencial.

Cientista da Nasa vê relação entre verões extremos e aquecimento global


Mapa de satélite mostra temperaturas globais (Foto: Nasa/SPL)

O diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, James Hansen,  (leia AQUI) considerado um dos cientistas que mais tem alertado ao longo dos anos sobre os impactos das mudanças climática, disse nesta semana que o problema é maior do que se pensava.

"Minhas projeções sobre o aumento da temperatura global demonstraram ser verdadeiras. Mas falhei em prever a rapidez (das mudanças)", disse Hansen em um artigo publicado no jornal americano The Washington Post.

No texto "A mudança climática está aqui e é pior do que pensávamos", o cientista diz que, quando testemunhou diante do Senado americano, no verão de 1988, traçou "um panorama obscuro sobre as consequências do aumento contínuo da temperatura impulsionado pelo uso de combustíveis fósseis".

"Tenho uma confissão a fazer", disse, no artigo. "Fui muito otimista."

O novo estudo teve sua publicação pela revista da Academia de Ciências dos EUA (Proceedings of the National Academy of Sciences) antecipada após o artigo de Hansen no jornal.

'Verões extremos'Segundo Hansen, os verões de calor extremo registrados recentemente em diversos pontos do planeta provavelmente são resultado do aquecimento global.

Entre os episódios atribuídos à mudança climática, ele cita a seca do ano passado nos Estados americanos do Texas e de Oklahoma, as temperaturas extremas registradas em Moscou em 2010 e a onda de calor que atingiu a França em 2003.

As variações climáticas naturais podem ser muito amplas e a relação entre fenômenos extremos e aquecimento global é tema de intensa controvérsia.

No entanto, Hansen afirma que as recentes ondas de calor estão vinculadas à mudança climática e que a nova análise estatística realizada por ele e outros cientistas da Nasa mostra claramente esse vínculo.

Os cientistas da Nasa analisaram a temperatura média no verão desde 1951 e mostraram que em décadas recentes aumentou a probabilidade do que definem como verões "quentes", "muito quentes", e "extremamente quentes".

Os verões "extremamente quentes", dizem, se tornaram mais frequentes. Desde 2006, cerca de 10% da superfície em terra (não sobre o mar) no hemisfério norte tem registrado essas temperaturas extremas a cada verão.

Hansen disse que é necessário que o público entenda o significado do aquecimento global devido à ação humana.

"É pouco provável que as ações para reduzir as emissões de gases alcancem os resultados necessários enquanto o público não reconhecer que a mudança climática causada pela ação humana está ocorrendo", disse.

"E perceber que haverá consequências inaceitáveis se não forem tomadas ações eficazes para desacelerar este processo."

A chapa tá quente...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Vulcão adormecido há mais de cem anos entra em erupção

Monte Tongariro, localizado na Nova Zelândia

Os vulções (leia AQUI) são um sinal de que a Terra está "viva". Se não existisse vulcanismo, nosso planeta estaria como a Lua, sem vida. O calor interno, que faz brotar na superfície a lava, que se transforma em crosta nova, trás minerais que se agregam ao solo.


Os humanos, durante a sua breve história na Terra, sempre esteve submisso as forças da natureza e, as erupções vulcânicas, além dos transtornos e prejuízos, também já causaram milhares e milhares de mortes.

Pois mais um vulcão (leia AQUI) que estava adormecido havia 115 anos entrou em erupção na Nova Zelândia, deixando as autoridades em alerta.

Por volta das 00h00 desta terça-feira, (9h da manhã de segunda-feira, horário de Brasília), o vulcão Monte Tongariro lançou, por 30 minutos, uma nuvem de cinzas a mais de 6 mil metros de altura, em meio a explosões, vapor e rochas.

O porta-voz da defesa civil do país, Tony Wallace, disse à BBC Brasil que ninguém ficou ferido no incidente e que o impacto da erupção foi mínimo, já que a região é pouco habitada.

"Nós estamos em uma fase de monitoramento para ver se ocorrem outras erupções", disse ele.

A área não chegou a ser evacuada, mas autoridades pedem que as pessoas permaneçam dentro de casa e mantenhas as janelas fechadas.

E, como vocês devem saber, a Nova Zelândia está sobre o que os cientistas chamam de Círculo do Fogo (leia AQUI) que tem cerca de 452 vulcões, sao os tipos de vulcoes mais destruidores chamados de vulcões "assassinos" e é o lar de mais de 75% dos vulcões ativos e latentes do mu. Assim, um país sujeito às erupções, terremotos, etc.  

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ásia a baixo d'água: Chuvas torrenciais deixam mais 31 mortos na Coreia do Norte

Moradores do povoado norte-coreano de Songchon se refugiam das fortes chuvas, em imagem datada do último dia 24

Aproveitando o post abaixo, ébom lembrar que o aquecimento global que provoca as mudanças climáticas, causam sérias anomalias no tempo. De secas a chuvas torrenciais, a população de diversos paises da Ásia, sofrem com chuvas torrencias que atingiram o litoral oeste da Coreia do Norte nos dias 29 e 30 de julho deixaram 31 mortos e 16 desaparecidos, que se somam aos 88 mortos em consequência das tempestades na semana passada, informou nesta quinta-feira a agência estatal KCNA. (leia  AQUI)

As mortes foram causadas principalmente por deslizamentos de terras em diversas zonas do litoral oeste do país, principalmente nas províncias de Pyongan do Sul e Pyongan do Norte.

As inundações causadas pelas chuvas torrenciais destruíram ou danificaram mais de 4.900 imóveis e alagaram outros 8.530, o que fez 21.370 pessoas perderem seus lares, segundo detalha a KCNA.

A agência assegurou que ao menos 15.370 hectares de plantações foram inundados ou arrasados pelas chuvas, que também danificaram cerca de 200 edifícios públicos e fábricas.

As tempestades afetaram ainda duas minas de carvão nas cidades de Kaechon e Tokchon, na província de Pyongan do Sul, onde estradas, vias férreas e pontes também sofreram danos.

Uma equipe de inspeção das Nações Unidas chegou nesta quarta-feira à Coreia do Norte para coordenar a ajuda internacional que será destinada às zonas afetadas pelas inundações, que já deixaram 119 mortos no verão do Hemisfério Norte até aqui, segundo dados oficiais norte-coreanos.

Além disso, mais de 80 mil pessoas já ficaram sem suas casas e 40 mil hectares de plantações foram arrasados.

Maior crítico contra o aquecimento global admite que estava errado e alerta para riscos

Imagem de satélite mostra derretimento sem precedentes na Groenlândia neste mês de julho; em vermelho, o satélite identifica o gelo derretido e em branco, o gelo sólido

O físico norte-americano Richard Muller (leia AQUI), principal voz da comunidade científica que contestava o fenômeno do aquecimento global, admitiu que esteve errado durante os últimos anos após analisar os resultados de um estudo conduzido por ele mesmo na Universidade de Berkeley, na Califórnia (oeste dos EUA), onde coordena o projeto BEST (sigla em inglês para Temperatura da Superfície da Terra pela Universidade de Berkeley).

Muller anunciou sua mudança (leia o artigo original em inglês AQUI) de opinião neste último fim de semana em um artigo para o jornal The New York Times, intitulado “A conversão de um cético às mudanças climáticas”. Nele, Muller afirma que não somente o aquecimento está ocorrendo como também a ação humana pode ser responsabilizada pelo fenômeno.

“Nossos resultados mostram que as temperaturas médias na superfície terrestre aumentaram em 2,5 graus Fahrenheit (1,5 °C) nos últimos 250 anos, incluindo um aumento de 1,5 graus Fahrenheit (0,9°C) só nos últimos 50 anos. Além disso, é bem provável que essencialmente todo esse aumento resulta da emissão de gases de efeito estufa”, afirma Muller em seu artigo. Ele ressalta que esses números são mais alarmantes do que os anunciados pelo IPCC (Painel Internacional de Mudança Climática), órgão da ONU.

Essa conclusão foi tirada após sua equipe de pesquisadores em Berkeley ter analisado mais de 14 milhões de medições de temperatura desde 1753, em 44.455 localidades.

“É um dever do cientista ser claramente cético. Continuo achando que muito, se não a maioria dos fenômenos que atribuímos à mudança climática especulativo, exagerado ou simplesmente errado. Analisei a maioria das alegações mais alarmistas, e meu ceticismo sobre elas não mudou”, insistiu o físico. Ele cita, como exemplo, o furacão Katrina – afirmando que o número de furacões que atingiu os EUA diminuiu – ou o processo de extinção dos ursos polares – que não tem ocorrido por causa do degelo. “As neves do Himalaia não irão derreter após 2035. E é possível que não estejamos em uma era mais quente do que há mil anos”

Os métodos que Muller afirma ter usado para seu estudo são, segundo ele, bem mais abrangentes, detalhados e rigorosos do que os usados por instituições como a Nasa (agência espacial norte-americana) e o Met Office (serviço britânico de meteorologia).

As perspectivas de Muller para uma possível reversão no quadro, no entanto, são pessimistas.

“E quanto ao futuro? A medida em que as emissões de carbono aumentam, a temperatura deve continuar a aumentar. Acredito que a taxa de aquecimento deve prosseguir em seu ritmo estável, entre 1,5 Fahrenheit (0,9ºC) na superfície para os próximos 50 anos, a não ser que os oceanos estejam incluídos. Mas se a China continuar com seu rápido crescimento econômico (...) esse aumento chegará em menos de 20 anos”, previu Muller.